Núcleo da Inflação dá sinais de recuo, diz BCB

Projeção do PIB foi revisada de 2,0% para 2,9%

O núcleo da inflação dá sinais de recuo, mas ainda está acima da meta. Essa foi uma das avaliações do Banco Central do Brasil – BCB no Relatório Trimestral apresentado essa manhã (28).

“As projeções de inflação ficaram relativamente estáveis, encontrando-se ainda acima das metas. Maior inflação no resto do mundo e inflação de serviços mais alta do que o esperado poderiam dificultar o controle da inflação”, citaram os técnicos do BCB..

No entanto, a redução do crescimento econômico global e maior redução da inflação no mundo em virtude de políticas monetárias restritivas poderiam ajudar a reduzir a inflação no Brasil.

O BCB aponta que o compromisso com as metas fiscais é fundamental para que as expectativas de inflação de prazos mais longos convirjam para a meta e assim auxiliem o processo de desinflação.

PIB e a revisão

A projeção de crescimento da economia brasileira em 2023 foi revisada de 2,0% para 2,9%. A projeção de crescimento para 2024 é de 1,8%, com expectativa de menor contribuição da agropecuária para a economia brasileira.

O crescimento de 0,9% do PIB no segundo trimestre foi bem maior do que o esperado. Mas alguns dos fatores que explicam o forte crescimento no primeiro semestre de 2023 são transitórios, como o desempenho da agropecuária.

“Permanece a perspectiva de que o ritmo de crescimento não se mantenha tão forte nos próximos trimestres”, disseram.

Inflação e as reações no quadro

Como esperado, a inflação acumulada em 12 meses aumentou, de 3,9% em maio para 4,6% em agosto, porque o período de cálculo deixou de incluir os meses de 2022 em que houve diminuição de impostos e de preço dos combustíveis.

Os núcleos de inflação ainda estão acima da meta de inflação, mas continuaram recuando, sugerindo continuidade do processo de desinflação.

As expectativas de inflação futura dos analistas econômicos recuaram depois da decisão do Conselho Monetário Nacional sobre a meta de inflação, mas se mantêm acima da meta de 3%.

Juros pelos BCs

O ambiente externo mostra-se mais incerto, a despeito das revisões para cima nas projeções de crescimento de diversas economias.

A inflação, especialmente de serviços, segue elevada em diversas economias. A alta global do dólar e a alta recente do preço de petróleo e de alguns alimentos podem pressionar a inflação no curto prazo.

Com a resistência da inflação em cair, os bancos centrais das principais economias continuam aumentando ou mantendo as taxas de juros elevadas para que a inflação retorne às suas metas.

Sobre uma Selic em 12,75%

O BCB espera por redução na taxa Selic de 0,50 ponto percentual nas próximas reuniões. Um ritmo considerado apropriado para manter a política monetária contracionista necessária para o processo de queda da inflação.

“A conjuntura atual demanda serenidade e moderação na condução da política monetária. O controle da inflação é muito importante para o país crescer com geração de empregos e para garantir o poder de compra dos brasileiros”, concluiu o BCB no resumo do Relatório Trimestral.

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