Movida (MOVI3) reporta lucro líquido 38% menor no 3º tri

A locadora de veículos Movida (MOVI3) registrou queda de 38% no lucro líquido do terceiro trimestre ante mesmo período de 2019, para R$ 37 milhões. Na comparação com o segundo trimestre, quando o lucro líquido foi de R$ 2,6 milhões, o resultado foi 14 vezes maior.

No trimestre terminado em setembro, a receita líquida da companhia cresceu 3,6%, para R$ 1 bilhão. Desse valor, R$ 641 milhões vieram do segmento de seminovos, que desacelerou o ritmo de vendas, mas se beneficiou de um maior preço médio (12,6%) por veículo, de R$ 45,3 mil. A receita do segmento cresceu 9,6% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Receita de locação

A receita de locação, que reúne o faturamento da divisão de RAC (sigla em inglês para a locação no varejo) e gestão e terceirização de frota, ainda foi 4,9% menor do que um antes, a R$ 395 milhões.

No entanto, houve expressiva melhora de 32% em relação ao segundo trimestre. Boa parte desse avanço trimestral se deve ao RAC, cuja taxa de ocupação chegou a 82,7%, um recorde para a companhia.

Renato Franklin

De acordo com o presidente da companhia, Renato Franklin, o segmento de locação no varejo tem sido impulsionado pelo turismo doméstico.

Embora no terceiro trimestre o valor da diária média ainda tenha ficado R$ 10 abaixo da praticada um ano antes, a R$ 70, as tarifas já se encontram nos patamares pré-pandemia.

“A diária média reflete a maior participação das locações de médio e longo prazo [12 a 24 meses], produto que cuja demanda tem crescido, mas as tarifas diárias são mais baixas. Com o aumento do preço do veículo novo, a tarifa desse tipo de locação deverá subir”.

Resultado líquido

O resultado líquido porém ainda foi menor do que o ano passado porque a companhia tem optado por manter uma visão mais conservadora quanto à depreciação, segundo Franklin.

Embora acredite que o ano que vem será de maior crescimento para o setor, o executivo diz que o cenário macroeconômico é incerto e a empresa trabalha com o risco de uma segunda o

Houve um aumento de 15% nos custos de RAC devido à maior depreciação anual aplicada no período, de R$ 3.424 por carro.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) cresceu 14%, para R$ 213,2 milhões. A margem Ebitda chegou a 20,6%, 1,8 ponto percentual acima do ano anterior.

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