O mercado deu sequência ao aumento das expectativas de inflação no Brasil neste ano ao mesmo tempo em que voltou a piorar o cenário para a economia, de acordo com a pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central nesta segunda-feira (29).
O levantamento com uma centena de economistas mostrou que a alta do IPCA passou a ser calculada agora em 4,81% para 2021, acréscimo de 0,10 ponto percentual em relação à estimativa anterior, na 12ª semana seguida de aumento nas contas.
Inflação
O centro da meta oficial para a inflação em 2021 é de 3,75%, com margem de tolerância de 1,5 ponto para mais ou menos.
Para 2022, o prognóstico para a inflação permaneceu em 3,51%, contra meta de 3,50%, também com margem de 1,5 ponto.
Para o Produto Interno Bruto (PIB), a estimativa de crescimento para este ano caiu pela quarta vez, a 3,18%, de 3,22% na semana anterior. O cenário para o próximo ano também piorou, em 0,05 ponto, e os economistas agora esperam expansão de 2,34%.
A pesquisa semanal mostrou manutenção das expectativas para a taxa básica de juros Selic em 5,0% ao final deste ano e 6,0% ao final de 2022.
Arroz
Desde o ano passado, o custo do arroz, um dos principais alimentos da cesta básica do brasileiro, disparou nas prateleiras dos supermercados. O produto teve alta de quase 70% nos últimos 12 meses, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O IPCA é considerado a inflação oficial no país e é medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com a cooperativa Copagro, há uma questão conjuntural no mercado de arroz. A área de produção deste cereal no Brasil cai a cada ano. O país já produziu em 1999, 4 milhões de hectares e recentemente produz apenas 1.6 milhão. O preço desse produto tem desestimulado o seu plantio. O produtor tem cultivado outros alimentos como soja e milho.
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