A Magalu (MGLU3) verificou incorreções contábeis nos resultados. Ao apurar uma denúncia anônima, que foi julgada como improcedente, a companhia encontrou as devidas incorreções nos lançamentos.
“Os lançamentos contábeis inconsistentes se referem, sobretudo, a utilização de notas de débito para o reconhecimento contábil das receitas de bonificações. Diante disso, o Conselho de Administração determinou a correção destes lançamentos contábeis. O efeito disso, foi uma redução de R$ 830 milhões no patrimônio líquido da companhia e um aumento de R$ 1,3 bilhão em fornecedores, sem impacto no fluxo de caixa”, citou a Magalu.
A companhia também reconheceu R$ 507 milhões em créditos tributários sobre as bonificações recebidas de seus fornecedores, de modo que a redução líquida no patrimônio líquido foi de R$ 322 milhões.
Resultados
A Magalu (MGLU3) reportou prejuízo líquido foi de -R$ 143 milhões, número abaixo de igual período do ano passado.
A margem do EBITDA ficou estável em 5,7% (+0.1 p.p. a.a), enquanto o resultado financeiro de queda R$ 488 milhões seguiu pressionando o bottom-line. O EBITDA que somado a um resultado financeiro muito pressionado de -R$ 456 milhões, resultou em um prejuízo de R$ 143 milhões frente a -R$ 170 milhão no 3T22.
A receita líquida cai 3% ao ano e ficando em R$ 8,578 bilhões, abaixo de igual período do ano passado de R$ 8,807 bilhões em meio a cenário de vendas desafiador.
A companhia registrou um crescimento nas vendas para R$15 bilhões (+5% ao ano), dado o cenário de vendas desafiador, com o poder de compra e a situação de crédito do consumidor pressionado. Esses fatores resultou a leve queda da receita líquida, também impactada pelo fechamento de 127 lojas físicas e pelo aumento nas deduções da receita bruta em razão do DIFAL.
Ademais, com a maior participação de serviços, as despesas comerciais atingiram R$ 1,7 bilhão (+20% a.a), de modo que a proporção do SG&A cresceu em relação às vendas, atingindo 14,3%, deteriorando 0,8 p.p. a.a.
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