Lucro da Vale (VALE3) fica em R$4,57 bilhões no 2T23; queda em 77,3%

Comparativo é referente ao mesmo período do ano passado

Depois dos anúncios de novos negócios e do montante bilionário em Juros sobre Capital Próprio – JCP (R$8,3 bilhões), a  Vale (VALE3) divulgou o balanço financeiro do segundo trimestre de 2023.

O lucro líquido atribuído aos acionistas ficou em R$4,573 bilhões, queda livre frente ao mesmo período do ano passado, quando atingiu os R$20,221 bilhões, e também do trimestre anterior de R$9,521 bilhões. Na comparação com o ano passado, a queda foi de 77,38%.

O lucro líquido (prejuízo) em R$4,752 bilhões, depois de R$9,734 bilhões no trimestre anterior e distante dos R$20,473 do mesmo trimestre do ano passado.

A receita líquida de vendas atingiu os R$47,758 bilhões, depois dos R$54,974 bilhões do 2T22 e dos R$43,841 bilhões do 1T23.

O Ebtida ajustado, aquele antes do pagamento de juros, depreciação e amortização, ficou em R$19,130 bilhões, acima do trimestre anterior de R$18,574 bilhões, mas abaixo do mesmo período do ano passado, quando eram R$25,799 bilhões.

O valor de R$19,130 foi justificado, principalmente, os menores preços realizados de finos de minério de ferro e níquel.

O Ebit ajustado ficou em R$15,279 bilhões, depois de R$21,807 bilhões do 2T22 e pouco acima dos R$15,165 bilhões do 1T23. A margem ajustada ficou em 32%, abaixo dos 39,7% do 2T22 e dos 34,6% do 1T23.

“Continuamos realizando progressos substânciais na excelência operacional em todos os nossos negócios. Continuaremos avançando com a incorporação das melhores práticas internacionais para que a Vale se torne uma empresa cada vez mais segura e sustentável”, comentou o CEO, Eduardo Bartolomeo.

Outros dados por segmentos de negócios:

O Ebitda de Soluções de Minério de Ferro foi R$ 19,4 bilhões no 2T23, R$ 5,9 bilhões inferior a.a, devido, principalmente por menores preços realizados (R$ 6,6 bilhões), impulsionados pelo preço médio de referência 20% mais baixo, parcialmente compensado por melhora no custo unitário e despesas, como resultado de queda no custo de frete e menores custos de aquisição de minério de terceiros.

O Ebitda de Níquel foi de R$ 1.186 milhões no 2T23, R$ 1.659 milhões inferior a.a, principalmente, devido a maiores custos de manutenção e maior consumo de feed de terceiros.

O Ebitda do negócio de Cobre foi de R$ 1.163 milhões no 2T23, R$ 1.047 milhões superior a.a, principalmente, devido a maior receita de subprodutos em Salobo, em função de maiores vendas de ouro, e maior diluição de custos fixos, devido à melhor performance operacional no Sossego.

Alocação de capital disciplinada

Investimentos de US$ 1,2 bilhão no 2T23, incluindo os investimentos de crescimento e manutenção, em linha a.a.

A dívida bruta da Vale e arrendamentos eram de US$ 13,9 bilhões em 30 de junho de 2023, US$ 1,0 bilhão maior t.t, como resultado da emissão de US$ 1,5 bilhão de bonds e da oferta de aquisição de US$ 500 milhões no trimestre, como parte da gestão de passivos da Vale.

Dívida líquida expandida de US$ 14,7 bilhões em 30 de junho de 2023, US$ 0,3 bilhão maior t.t, impulsionada, principalmente, pelo US$ 1,4 bilhão do programa de recompra de ações no trimestre e de US$ 0,8 bilhão no Fluxo de Caixa Livre das Operações. A meta de alavancagem da Vale é de US$ 10-20 bilhões.

Criação e distribuição de valor

Desembolso no 2T, como parte do 3º programa de recompra no trimestre, foi de R$ 6,7 bilhões. No final do 2T, o 3º programa de recompra estava 64% concluído, com um desembolso de R$ 25,1 bilhões para a recompra de aproximadamente 320 milhões de ações.

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