A Petrobras (PETR4) anunciou o balanço financeiro do segundo trimestre de 2023 na noite desta quinta-feira (03).
No 2T23, o lucro líquido foi de R$ 28,8 bilhões, comparado a R$ 38,2 bilhões no 1T23. Esse resultado é explicado principalmente pela desvalorização do Brent, queda de mais de 40% nos crack spreads internacionais do diesel. Além disso, as maiores despesas operacionais, com destaque para despesas com impairment (R$ 1,9 bilhão) e tributárias (R$ 0,6 bilhão), também pesaram.
No período, o resultado financeiro foi negativo em R$ 0,3 bilhão, ante um resultado negativo de R$ 3,2 bilhões no trimestre anterior. A melhora no resultado pode ser explicada pela variação cambial do real frente ao dólar, alta em R$ 3,2 bilhões), que subiu 5,1% neste trimestre, de R$ 5,08/US$ em 31 de março e R$ 4,82/US$ em 30 de junho.
Quando comparado com o primeiro trimestre, a alta foi de 2,6% no 1T23, de R$ 5,22/US$ em 31 de dezembro de 2022 para R$ 5,08/US$ em 31 de março agora. Este efeito foi parcialmente compensado, basicamente, pela atualização monetária pela taxa Selic dos dividendos complementares do exercício de 2022 (-R$ 1,8 bilhão).
No 2T23, o Ebitda Ajustado alcançou R$ 56,7 bilhões, queda de 22% em relação ao 1T23. Essa redução foi principalmente atribuída à desvalorização do Brent, queda de mais de 40%nos crack spreads internacionais do diesel. Ocorreram quedas nas exportações de petróleo e aumento das importações de GNL (de 0 no 1T23 para 3 MMm³/d 2T23). Peso também dos impostos e créditos tributários no 2T23 decorrentes da antecipação da distribuição de dividendos do exercício de 2023 na forma de juros sobre capital próprio.
Desconsiderando os itens não-recorrentes, o lucro líquido se manteria na mesma marca de R$ 28,8 bilhões. Dentre os itens que compõem o impacto positivo, destacam-se os ganhos da venda dos Polos Potiguar e Norte Capixaba (+R$ 3,4 bilhões). Os resultados foram compensados, principalmente, por despesas com impairment (-R$ 1,9 bilhão). As contingências judiciais (-R$ 0,5 bilhão) e pelo imposto sobre a exportação de petróleo (-R$ 1,0 bilhão) também pesaram.
O Ebitda Ajustado teve um impacto negativo de R$ 1,5 bilhão, sendo influenciado pelas contingências judiciais (-R$ 0,5 bilhão) e pelo imposto sobre a exportação de petróleo (-R$ 1,0 bilhão). Desconsiderando-se os efeitos dos itens não recorrentes, o EBITDA Ajustado teria atingido R$ 58,2 bilhões no 2T23.
No 2T23, os investimentos totalizaram US$ 3,2 bilhões, 31% acima do 1T23, devido principalmente aos grandes projetos do pré-sal e ao impacto do bônus de assinatura relativo aos campos de Sudoeste de Sagitário, Água Marinha e Norte de Brava.
*A companhia detalha o resultado em teleconferência nesta manhã.