Lucro da B3 (B3SA3) é de R$1,2 bi

Receita total atingiu R$ 2,5 bilhões, em linha com o segundo trimestre de 2022

O Lucro Líquido recorrente da B3 (B3SA3) foi de R$ 1,2 bilhão no segundo trimestre de 2023, o que representa queda de 4,3% em comparação ao mesmo período do ano passado e queda de 3,9% em relação ao primeiro trimestre. A companhia divulgou resultado financeiro na noite desta quinta-feira.

A receita total atingiu R$ 2,5 bilhões, em linha com o segundo trimestre de 2022 e com o primeiro trimestre de 2023.

Os dados de inflação abaixo do esperado estimularam os mercados a precificar o início do ciclo de queda na taxa de juros para o terceiro trimestre do ano, que se concretizou em agosto.

A maior clareza sobre as perspectivas macroeconômicas refletiu no mercado à vista de ações, onde o volume financeiro médio diário negociado (ADTV) totalizou R$ 26,9 bilhões, o que representa um crescimento de 6,7% na comparação com o trimestre anterior. Em relação ao mesmo período do ano passado, o número representa queda de 6,7%.

O volume médio diário negociado (ADV) totalizou 6,4 milhões de contratos, 49,5% acima do segundo trimestre de 2022 e 6,3% acima do primeiro trimestre de 2023, refletindo principalmente o desempenho dos contratos de juros em reais, que apresentaram recorde histórico.

Ainda no desempenho operacional, os juros elevados continuaram favorecendo os volumes no segmento de balcão, com destaque para o crescimento de 22,6% no estoque de instrumentos de renda fixa e de 29,8% no estoque do Tesouro Direto, comparado ao mesmo período do ano passado.

As despesas totais apresentaram crescimento de 2,0% e 0,8% em relação ao segundo trimestre de 2022 e ao primeiro trimestre de 2023, respectivamente, somando R$ 859 milhões.

As demonstrações financeiras incluem os dados de Neurotech a partir de 12 de maio, já que a aquisição da empresa foi concluída nesta data. Excluindo os efeitos da consolidação da Neurotech, as despesas teriam somado R$ 846,2 milhões, o que representaria 0,4% acima do mesmo período no ano passado e 0,7% abaixo do último trimestre, bem abaixo da inflação.

“Após a conclusão do projeto de eficiência, estamos focados em manter o controle das despesas da Companhia, mas sem comprometer o nosso planejamento de crescimento, que envolve reforçar nosso core business e desenvolver as adjacências de nossos negócios principais”, comenta André Veiga Milanez, diretor-executivo Financeiro, Administrativo e de Relações com Investidores.

As distribuições aos acionistas totalizaram R$ 1,2 bilhão no trimestre, sendo R$ 556,1 milhões em recompras, R$ 351,5 milhões em juros sobre capital próprio e R$ 306,6 milhões em dividendos.

Receita do segmento Listados

No segundo trimestre, o segmento de listados gerou receita de R$ 1,5 bilhão (61,5% do total), o que representa queda de 5,9% em relação ao mesmo período de 2022.

No mercado de ações e instrumentos de renda variável, houve queda de 6,7% no ADTV de ações à vista, refletindo um contínuo cenário de taxas de juros elevadas e menor market cap.

Os contratos futuros de índices registraram redução de 9,0% no número médio de contratos negociados, resultado explicado pela queda na negociação da versão mini desses contratos.

O número médio de contas na depositária de renda variável aumentou 19,8%. O crescimento é um reflexo de uma oferta pública que atraiu um grande número de pessoas físicas em 2021 e que teve o fim do lock-up no último trimestre de 2022, além da busca contínua dos investidores individuais por maior diversificação em seus portfólios.

Receita do segmento Balcão

O segmento de balcão obteve receita de R$ 365,4 milhões (14,8% do total), o que significa aumento de 14,5% em relação ao segundo trimestre de 2022. O volume de novas emissões de instrumentos de captação bancária cresceu 10,3% no período, puxado principalmente pelo aumento das emissões de CDB, que representaram 75,8% das novas emissões durante o trimestre, enquanto o estoque médio registrado cresceu 11,9%.

Os outros instrumentos de renda fixa registraram crescimento de 40,7% nas emissões, influenciados pelo aumento de 32,1% nas emissões de instrumentos do mercado imobiliário e 38,3% nas emissões de instrumentos do agronegócio. Já o estoque médio de instrumentos de dívida corporativa aumentou 16,1%. Outro destaque do mercado de renda fixa foi o contínuo crescimento do Tesouro Direto, cujo número de investidores e o estoque médio cresceram 12,1% e 29,8%, respectivamente.

Receita do segmento Infraestrutura para Financiamento

O segmento Infraestrutura para Financiamento obteve receita de R$ 112,8 milhões (4,6% do total), o que representou aumento de 1,9%, principalmente em razão do aumento nos financiamentos e vendas de veículos no período. O número de veículos vendidos no Brasil subiu 7,1%, refletindo uma melhora desse mercado devido ao crescimento nas vendas de motos. Já em relação aos financiamentos, o crescimento foi de 4,2%, protagonizado também pelo financiamento de motos.

Receita do segmento Tecnologia, Dados e Serviços

O segmento Tecnologia, Dados e Serviços teve receita de R$ 473,3 milhões (19,1% do total), alta de 8,0% em relação ao segundo trimestre de 2022. A quantidade média de clientes do serviço de utilização mensal dos sistemas de balcão aumentou 9,9%, resultado, principalmente, do crescimento da indústria de fundos no Brasil. Houve também crescimento de 6,2% no número de clientes que utilizam os serviços de co-location.

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