A Linx (LINX3) afirmou nesta quinta-feira (29) que a Stone melhorou os termo de sua proposta pela empresa de software para o varejo, desistindo de uma das multas previstas no acordo e ampliando parcela em dinheiro da oferta.
Segundo a Reuters, a empresa de meios de pagamento afirmou à Linx que desistiu de receber multa de R$ 112,5 milhões relacionada a uma eventual rejeição pelos acionistas de dispensa de listagem no Novo Mercado e outras condições, após receber ordem de superintendência de regulação da B3.
“A Stone concordou em renunciar à referida multa não apenas em relação à rejeição de dispensa de sua listagem no Novo Mercado, mas também em relação às demais matérias da ordem do dia relacionadas à operação”, afirmou a Linx em fato relevante ao mercado.
Ação da cia
A Stone também afirmou à empresa que decidiu elevar em R$ 0,50 por ação da Linx parcela em dinheiro da oferta, para R$ 32,06. Na véspera, as ações da Linx fecharam a R$ 36,27.
A Linx, que já estava inclinada em aceitar a oferta anterior da Stone, afirmou que seu conselho de administração manteve a preferência por um acordo com a empresa.
A oferta da Stone está sendo desafiada pela produtora de software corporativo Totvs. Os acionistas da Linx farão uma assembleia para discutir as ofertas em 17 de novembro.
Cielo
A Cielo encaminhou ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) suas considerações sobre os efeitos no mercado de uma possível união entre Linx e Stone.
A empresa quer ser habilitada como “terceira interessada” no processo. O regulamento do Cade prevê o pedido de intervenção de terceiros cujos interesses possam ser afetados pelo ato analisado pelo Conselho.
No documento, a Cielo argumenta que a Stone é relevante em meios de pagamento e a Linx é líder do segmento de software para gestão de operações de varejo, compreendendo tanto softwares de automação comercial como soluções de pagamento. A empresa, diz a Cielo, alcançou essa posição após 34 aquisições de concorrentes e concentra, hoje, fatia de 45,6% do mercado.
Se a operação for adiante, diz a Cielo, a integração dos serviços de pagamentos da Stone com os softwares de gestão da Linx, dará à Stone o “elevado poder de mercado” da Linx em softwares de gestão para o varejo, aumentando “incentivos e condições para o exercício abusivo” desse poder de mercado.
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