A Linx (LINX3) está em vias de ser adquirida pela Stone e esta comprou, recentemente, ações da desenvolvedora para assegurar percentual de votos à aprovação do negócio.
Na próxima assembleia de acionistas da Linx, a Stone já terá um volume considerável de papeis da companhia, o que o coloca em posição quase confortável para assegurar a transação.
Segundo o Valor Econômico, os fundadores da Linx fizeram consulta à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para saber se poderão participar da deliberação. A reunião será dia 17 de novembro.
Participação
Já a Stone alcançou, até o momento, participação de 5,8% das ações da Linx após compras realizadas na bolsa.
Conforme a empresa, as aquisições foram realizadas “no contexto da proposta de incorporação” da Linx, mas são “independentes em relação à operação”.
Por fim, a Stone afirmou que o exercício de direito de voto com as ações que excedam o percentual de 4,9% dependerá de prévia aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
Aqui, diz o jornal, a Stone quer evitar qualquer posição de conflito ou questionamento sobre eventuais interferências nas decisões da Linx, por ter uma fatia relevante da empresa que é também seu alvo.
Cade
Conforme o jornal, a Stone quer evitar qualquer posição de conflito ou questionamento sobre eventuais interferências nas decisões da Linx, por ter uma fatia relevante da empresa que é também seu alvo.
Se a Stone aumentar ainda mais a participação e conseguir autorização do Cade para votar, terá o potencial de ser um acionista muito relevante na assembleia.
Segundo o estatuto da Linx, somente se alcançar 25% do capital um investidor está obrigado a lançar uma oferta pública de aquisição por toda a companhia.
Por outro lado, se o Cade limitar o exercício do voto aos 4,9%, todo o excedente que estiver com a Stone vai ficar de fora da contabilização dos votos. Eles poderiam ser votos contrários à oferta que estão sendo eliminados; e também diminuiriam a base para a votação.
LINX3: movimentação
A movimentação, disse o jornal, sinaliza preocupação da Stone com o sucesso da aprovação da proposta na assembleia.
A empresa, avaliam as fontes, usou seu caixa para comprar ações daqueles interessados em vendê-las para sair do negócio sem esperar até a assembleia. Um exemplo são investidores estrangeiros, que são tributados numa operação de incorporação, mas não no ganho de capital.
A maioria dos advogados especialistas em direito societário ouvidos pelo Valor não viu problemas nas compras das ações pela Stone, inclusive porque a empresa comunicou ao mercado.
A proposta da Stone avalia cada ação da Linx a R$ 35,10. A empresa não divulgou as datas das compras. A Stone também acrescentou que “em linha com sua atuação ética e transparente, seguirá observando todas as regras estabelecidas pelos órgãos reguladores”. A Stone não comentou se fará consulta sobre a sua participação na assembleia à CVM.
Veja LINX3 na Bolsa:
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