Jovens brasileiros preferem usar bancos digitais, afirma pesquisa

Segundo pesquisa do Ipec, 54% dos jovens entre 16 e 24 anos preferem as novas instituições digitais

Os bancos digitais são preferência entre os jovens brasileiros. De acordo com uma pesquisa exclusiva, encomendada pelo C6 Bank e realizada pela empresa de tecnologia Ipec (Inteligência em Pesquisa e Consultoria), 54% dos jovens entre 16 e 24 anos têm preferência pelos novos bancos.

Maxnaun Gutierrez, executivo do C6 Bank, comentou sobre a pesquisa. O mesmo afirmou que apesar do consumidor mais jovem ser a principal porta de avanço das novas instituições, a digitalização financeira também alcançou outras faixas de idade.

Outro fator relevante para as instituições foi a pandemia do novo coronavírus (Covid-19), uma vez que ela acelerou essa tendência.

Cenário na pandemia

A pesquisa aponta que entre os entrevistados, 36% informaram se cadastrar em decorrência ao início da pandemia. Além disso, 78% passaram a usar mais suas contas digitais nesse período.

De acordo com o Banco Central, o isolamento social criou um ambiente receptivo para novas fintechs e instituições financeiras digitais especializadas em tecnologia e serviços por aplicativos.

Cerca de 40 instituições financeiras iniciaram suas atividades durante a crise gerada pela Covid-19.

Além disso, o aumento das contas digitais se deve ao pagamento do auxílio emergencial pelo Caixa Tem. O dinheiro foi disponibilizado para ser transferido aos bancos digitais antes do calendário previsto.

Novo comportamento do consumidor

De acordo com a pesquisa do Ipec, que ouviu 2 mil pessoas, cerca de 57% dos entrevistados possuem contas em bancos digitais.

Dentro desse grupo, 10% abandonaram os bancos tradicionais. Porém, 47% são correntistas nos dois tipos de instituições ao mesmo tempo.

Cristina Junqueira, uma das fundadoras do Nubank, afirma que o diferencial deles é a linguagem simples para tratar de assuntos complexos. Desta forma, a aproximação com o público mais jovem se dá de forma automática.

“Há uma identificação natural entre o consumidor mais jovem, que já cresceu no ambiente digital, podendo resolver diferentes aspectos da vida na palma da mão”, afirma Cristina.