Nesta quarta (9), a subsidiária da JBS (JBSS3) nos Estados Unidos informou que pagou US$ 11 milhões para recuperar seus sistemas após ataque hacker. A empresa informou que pagou o valor aos invasores com o intuito de evitar problemas, como vazamento de dados.
“Foi uma decisão difícil de tomar para nossa empresa e para mim pessoalmente. Para evitar qualquer risco para nossos clientes, tivemos que tomar essa decisão”, afirmou o CEO da JBS USA, Andre Nogueira.
O sequestro
O ataque aos sistemas da empresa funcionou como um sequestro. Os hackers usaram um ransomware, que faz com que os sistemas fiquem paralisados, dessa forma, o valor foi solicitado como condição para devolver o controle dos sistemas. Os ataques atingiram as unidades do Canadá e América do Norte.
O ataque ocorreu no domingo (30). As unidades retornaram às suas atividades normais apenas na quinta (3). A garante que não houve comprometimento dos servidores de backup, assim como, nenhum dado da empresa, cliente ou funcionário foram comprometidos.
Todavia, a JBS informou que investigações estão sendo feitas, porém ainda não há uma conclusão do caso.
Suspeitos
O ataque à JBS ocorreu após um mês que um grupo de hackers (com conexões com a Rússia) ter atacado, de forma semelhante, os sistemas da Colonial Pipeline, maior rede de oleodutos dos EUA. Esse ataque acabou afetando as entregas de combustíveis no Sudeste norte-americano.
Dessa forma, a Casa Branca afirmou que a JBS informou ao governo estadunidense que o ataque foi originado de uma organização criminosa, provavelmente com sede no país russo.
Em contrapartida, o presidente da russo, Vladimir Putin, afirmou que as insinuações feitas sobre a ligação dos ataques com a Rússia são absurdas, assim como são uma tentativa de criar atritos com o presidente Joe Biden.