Ipea calcula que investimentos apresentaram alta de 3,1% em novembro

O Indicador de Formação Bruta de Capital Fixo mede os investimentos no aumento da capacidade produtiva da economia e na reposição da depreciação do estoque de capital fixo

O Indicador Ipea Mensal de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) nesta segunda-feira, dia 01/02, apontou crescimento de 3,1% em novembro, frente a outubro. Essa foi a quinta alta consecutiva nos investimentos. Na comparação com novembro de 2019, houve um avanço de 3,6%.

O Indicador de Formação Bruta de Capital Fixo mede os investimentos no aumento da capacidade produtiva da economia e na reposição da depreciação do estoque de capital fixo. No acumulado de 12 meses encerrados em novembro, a queda foi de 4,4%. No trimestre móvel encerrado no mesmo mês, houve crescimento de 6,3%.

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IPEA: FBCF

A FBCF é composta por máquinas e equipamentos, construção civil e outros ativos fixos. A produção de máquinas e equipamentos destinados ao mercado interno apresentou alta de 10,9% em novembro, enquanto a importação desses itens cresceu 20,1% no mesmo período. Com isso, o consumo aparente de máquinas e equipamentos avançou 7,7% no penúltimo mês de 2020, encerrando o trimestre móvel com alta de 14%.

O indicador de construção civil registrou estabilidade em novembro. Com este resultado, que sucedeu pequena acomodação em outubro, o segmento apresentou expansão de 1,6% no trimestre móvel. Na comparação com novembro de 2019, o componente “máquinas e equipamentos” destacou-se, com aumento de 9%, enquanto o componente “outros ativos fixos” avançou 2,8% e a construção civil teve queda de 0,5%.

Vacinação

A lentidão e a desorganização no programa nacional de vacinação contra a covid-19 vão retirar pelo menos dois pontos porcentuais do Produto Interno Bruto (PIB) do País em 2021. Segundo cálculos do economista Bráulio Borges, da consultoria LCA, caso 70% da população recebesse a vacina até agosto, a economia brasileira cresceria 5,5% neste ano. Se a vacinação atingir esse patamar apenas em dezembro – hipótese que hoje já é considerada otimista –, o crescimento do PIB deve ficar entre 3% e 3,5%. Nesse cenário, o País deixará de movimentar R$ 150 bilhões.

Borges também traçou uma hipótese otimista: estimando o impacto de uma vacinação mais ágil na economia, em um ritmo semelhante ao de Israel – país mais avançado na imunização contra o novo coronavírus. Nesse cenário, 70% seriam vacinados até junho, permitindo que as medidas de distanciamento social fossem relaxadas e garantindo o retorno de atividades em que há aglomeração. O PIB poderia, nesse caso, avançar 7,5%, um incremento de R$ 260 bilhões.

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