A inflação, medida pelo índice IPCA, acelerou o passo no mês de julho. De acordo com o IBGE, a taxa chegou em seu maior número do mês desde 2002, quando registrou 1,19%. Além disso, o dado bateu 8,99 no acumulado de 12 meses.
O aumento não foi uma surpresa para ninguém. Isso porque, devido ao cenário dos preços brasileiros, como a alta nas tarifas de energia e combustível, já era esperado que a inflação continuasse cada vez maior.
A taxa apresentada em julho colocou em holofotes o plano de metas do governo Federal, que havia planejado um teto máximo de até 5,25%. Ou seja, a inflação em 2021 passou bem longe disso.
Alta é maior para os mais pobres
O IBGE também divulgou os dados do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), indicador responsável por medir a taxa da inflação na rotina de famílias menos afortunadas. Ou seja, que vivem com um a cinco salários mínimos mensais.
Dessa forma, o INPC chegou a 1,02%, superando a alta de 0,96% no IPCA de julho. Desta forma, isso significa que o aumento da inflação para estas famílias ficou em 9,85% no acumulado de 12 meses.
Em síntese, essa é a maior variação da taxa em 1 ano, desde 2016, quando o índice acumulado chegou a 9,91%.
E agora?
As previsões indicam que a inflação pode continuar subindo. Algumas medidas foram tomadas pelo Banco Central para a diminuição. Uma delas foi o aumento da taxa básica de juros, a Selic, que elevou em um ponto percentual, chegando a 5,25% ao ano.
Como o aumento na Selic, os analistas acreditam que a inflação vai acabar o ano muito acima do planejado com o teto da meta econômica ao final de 2021. No entanto, de acordo com os mesmos, ela voltará aos trilhos no ano que vem.
Em suma, com o Boletim Focus divulgado na última segunda-feira (9), os especialistas visualizam que o ano vai terminar em 6,88%. Dessa forma, as expectativas para 2022 ficam entre 3,81% e 3,84%. A meta oficial do governo federal para a inflação do ano que vem está em 3,5%.