“Os investimentos desta parcela equivalem a aproximadamente R$ 80 bilhões do capital investido em ações no país”
Falar sobre investimentos na terceira idade pode ser polêmico, já que é bem mais comum falar sobre isso na juventude, visando alcançar a aposentadoria com um sólido patrimônio. Apesar disso, pouco mais de 58% das pessoas acima dos 60 anos têm dinheiro aplicado em algum investimento. Atualmente, cerca de 90% dos idosos têm a poupança como forma de guardar dinheiro. Mesmo que a preferência seja pelo método mais tradicional, junto com demais investimentos, esta parcela equivale a aproximadamente R$ 80 bilhões do capital investido em ações no Brasil, número que corresponde a 44,65% do montante que está na Bolsa de Valores.
Carlos Hadlic é parte destes investidores, aos 65 anos, tem 3 negócios e investe em ações. “Invisto há 20 anos, e o que me incentivou a investir na Bolsa foi o alto retorno, invisto para ter uma aposentadoria tranquila e a rentabilidade dos meus investimentos atuais podem me proporcionar isso”, comenta. Vinicius Fuzikawa, Especialista em Investimentos da Nova Futura Investimentos, pontua que boa parte deste público prefere investir nos bancos tradicionais, ele explica que a clientela dos bancos digitais costuma ser majoritariamente composta por pessoas entre 20 e 45 anos, Fuzikawa afirma que com a atual valorização da Bolsa e os cortes na taxa de juros, este público está migrando a fim de investir em ações. Hadlic revela que seus investimentos começaram há 32 anos, com empresas e imóveis. “Comecei com meu escritório de contabilidade, investi em outras empresas, com o tempo, passei a investir em imóveis”, conta.
Fuzikawa explica que ainda é desafiador levar esses investidores para as plataformas digitais. “Ainda é um grande desafio trazer os clientes com mais de 60 anos para as plataformas digitais, o que seria muito interessante, já que são pessoas com maior poder de capital acumulado durante a vida”. Para Fuzikawa, a maior dificuldade está exatamente em tirar esse público dos investimentos mais tradicionais. “O maior desafio é tirá-los de investimentos tradicionais como poupança e previdência”. Ele aponta que, apesar disso, alguns que fazem parte deste público já experimentaram as corretoras. “Mesmo assim existe uma parcela dessa população que já experimentou as corretoras, atraídos pelas ótimas taxas de rendimento na renda fixa”, finaliza o Especialista em Investimentos da Nova Futura Investimentos.