A análise da consultoria global Airfinity especula que a Indústria farmacêutica pode obter ganhos de cerca de US$ 190 bilhões com a produção de vacinas contra a Covid-19. Dentre todos os laboratórios fabricantes, dois chineses concentram pelo menos 25% desse montante.
Esse estudo levou em consideração 9 farmacêuticas que estão na liderança da corrida por imunizantes. A expectativa é que a Sinovac e a Sinopharm tenham um faturamento de aproximadamente US$ 25 bilhões.
Analisando a fundo
De acordo com a análise, a China vem obtendo uma competitividade como polo exportador de vacinas, em especial pela nova onda da pandemia na Índia, pois acabou com o fornecimento de insumos da vacina para o exterior.
Entretanto, os fabricantes norte-americanos não ficam de fora. Por exemplo, a Pfizer, que tem um lucro estimado em US$ 26 bilhões de receita em 2021. Já o faturamento da Moderna, pode chegar a US$ 19 bilhões.
Contudo, as estimativas de receita se deparam com a pressão para cumprir as metas de rápida produção e entrega das vacinas. A produção de 2021 pode compor até 42% a menos que o esperado pelas indústrias farmacêuticas. Por consequência, isso diminuiria a estimativa da receita total.
ButanVac, vacina brasileira
O Instituto Butantã anunciou a ButanVac como a primeira vacina contra Covid-19 sendo feita no Brasil.
O Butantan já solicitou à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) a autorização necessária para começar os testes da ButanVac em seres humanos. Dessa forma, está em processo de fornecer documentos adicionais.
As doses vão ser armazenadas e distribuídas à população apenas depois da autorização da Anvisa, o que deve acontecer no segundo semestre de 2021. Portanto, o diretor do instituto paulista estima disponibilizar 40 milhões de doses da ButanVac até o final do ano.