Imóveis dos Correios entram em leilão hoje e vão até dia 15; privatização volta à pauta

Os Correios realizam nesta semana mais uma edição de seu feirão de imóveis. O recebimento de propostas teve início hoje (13) e vai até quinta-feira (15).

No total, estão disponíveis para aquisição 13 imóveis em diferentes cidades do país.

No Distrito Federal, onde a empresa tem sede, foram colocados para venda 25 imóveis desocupados.

Estão disponíveis para ofertas dos candidatos a compradores apartamentos, prédios e terrenos nos estados de Alagoas, da Bahia, do Ceará, Espírito Santo, de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, do Paraná, de Pernambuco, do Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, de Rondônia, Santa Catarina, Sergipe e São Paulo.

Site

Os Correios criaram um site específico para o feirão, no qual é possível conhecer os imóveis e buscá-los por tipo (apartamento, loja etc.), localidade e finalidade.

Cada imóvel tem um edital específico, com preço mínimo. As propostas devem ser apresentadas em envelope fechado ou por meio eletrônico.

Governo

A greve dos Correios durou mais de um mês e trouxe de volta ao debate público a antiga discussão sobre a privatização da estatal , uma das principais bandeiras da equipe econômica do governo Bolsonaro.

Uma paralisação ocorreu em um momento em que o comércio eletrônico bate recordes por causa do isolamento social e muitos de micro e pequenas empresas têm apostado forte nas entregas.

Porém, uma privatização deve ocorrer apenas em 2022, como revelou esta semana o presidente dos Correios, Floriano Peixoto.

Em uma entrevista recente, o ministro das Comunicações, Fábio Faria, afirmou que as grandes empresas de varejo e de entregas estariam determinadas no processo de privatização, mas precisou se corrigir, depois, ao explicar que nenhuma se manifestou oficialmente e que ele teria apenas deduzido um possível interesse das companhias.

Correios

O projeto de lei para privatização dos Correios será enviado para a assinatura do ministro das Comunicações ainda hoje. Segundo Diogo Mac Cord, secretário especial de Desestatização, Desenvolvimento e Mercados do Ministério da Economia, em entrevista à revista Exame, o projeto já está pronto e deve ser assinado para as próximas estâncias nos próximos dias.

Entre os que defendem a privatização, um dos principais argumentos é o de que é retrógrado que a empresa funcione com recursos públicos e detenha algum tipo de monopólio em pleno século 21.

A reserva de mercado garantida por lei é do serviço de entrega de cartas. Este é responsável por cerca de 34,6% do faturamento bruto dos Correios (Franqueamento Autorizado de Cartas – FAC e Carta), de acordo com os dados publicados no Diário Oficial em junho e relativo a 2019. Isso representa um valor de R $ 6, 6 bilhões no ano passado – de um total de R $ 19,1 bilhões.