IGP-M recuou 1,93% em junho; queda no mês anterior foi de 1,84%

Índice de Preços ao Consumidor (IPC) caiu 0,25% em junho

O Índice Geral de Preços – Mercado – IGP-M cai 1,93% em junho, após queda de 1,84% no mês anterior. Com este resultado, o índice acumula taxa de -4,46% no ano e de -6,86% em 12 meses. Em junho de 2022, o índice havia subido 0,59% e acumulava alta de 10,70% em 12 meses.

“A inflação ao produtor registrou nova deflação, agora impulsionada pela queda dos preços dos combustíveis na refinaria. O preço do Diesel encolheu 13,82%, enquanto a preço da gasolina caiu 11,69%. Afora tal contribuição, os preços de importantes commodities agropecuárias seguem em queda, como: milho (-14,85%) e bovinos (-6,55%). No âmbito do consumidor, índice que registrou queda de 0,25%, as principais contribuições partiram dos preços da gasolina (-3,00%) e dos automóveis novos (-3,76%). Na construção civil, o índice avançou 0,85% dada a influência dos preços da mão de obra, que registrou alta de 1,81%. Já a variação de materiais, equipamentos e serviços registrou queda de 0,09%”, afirma André Braz, Coordenador dos Índices de Preços.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) caiu 2,73% em junho, ante queda de 2,72% em maio. Na análise por estágios de processamento, a taxa do grupo Bens Finais caiu 1,22% em junho. No mês anterior, a taxa do grupo havia caído 0,16%. A principal contribuição para este resultado partiu do subgrupo combustíveis para o consumo, cuja taxa passou de -1,27% para -10,56%, no mesmo período.

O índice relativo a Bens Finais (ex), que exclui os subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, caiu 0,39% em junho, após queda de 0,09% no mês anterior.

A taxa do grupo Bens Intermediários registrou nova queda, passando de -1,49% em maio para -2,88% em junho. O principal responsável por este movimento foi o subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cujo percentual passou de -6,09% para -11,44%.

O índice de Bens Intermediários (ex), obtido após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, caiu 1,39% em junho, contra queda de 0,64% em maio.

O estágio das Matérias-Primas Brutas caiu 4,10% em junho, após registrar -6,48% em maio. Contribuíram para a suavização da queda do grupo os seguintes itens: minério de ferro (-13,26% para -2,21%), soja em grão (-9,40% para -4,32%) e milho em grão (-15,64% para -14,85%). Em sentido oposto, destacam-se os seguintes itens: leite in natura (3,92% para -4,51%), bovinos (-3,34% para -6,55%) e café em grão (-1,81% para -5,49%).

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) caiu 0,25% em junho. Em maio, o índice variara 0,48%. Sete das oito classes de despesa componentes do índice apresentaram decréscimo em suas taxas de variação. A maior contribuição partiu do grupo Transportes, cuja taxa de variação passou de 0,50% para -1,68%. Nesta classe de despesa, cabe mencionar o comportamento do item gasolina, cujo preço variou -3,00%, ante -0,09% na edição anterior.

Também apresentaram decréscimo em suas taxas de variação os grupos: Alimentação (0,79% para -0,33%), Saúde e Cuidados Pessoais (1,22% para 0,41%), Habitação (0,75% para 0,41%), Comunicação (0,91% para 0,14%), Despesas Diversas (0,75% para 0,32%) e Vestuário (0,58% para 0,42%).

Em contrapartida, apenas o grupo Educação, Leitura e Recreação (-2,32% para -0,55%) registrou acréscimo em sua taxa de variação. Esta classe de despesa foi influenciada pelo item passagem aérea, cuja taxa passou de -13,29% para -3,87%.

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 0,85% em junho, ante 0,40% em maio. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de maio para junho: Materiais e Equipamentos (-0,06% para -0,15%), Serviços (0,64% para 0,18%) e Mão de Obra (0,75% para 1,81%).

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