O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) caiu 0,13% em agosto. No mês anterior, a taxa havia sido de -1,10%. Com esse resultado, o índice acumula variação de -5,32% no ano e de -7,37% em 12 meses. Em agosto de 2022, o índice caíra 0,69% no mês e acumulava elevação de 8,82% em 12 meses. Os dados foram apresentados hoje pela FGV/Ibre no Rio de Janeiro.
“Assim como a soja (de -3,07% para 5,98%), commodity de maior peso no IPA, contribuiu para a redução da deflação registrada pelo IGP-10, outros produtos de peso relevante no índice ao produtor também o fizeram, como bovinos (de -2,87% para 0,72%), milho em grão (de -9,49% para -0,67%) e café (de -10,99% para -7,43%), contribuindo para a elevação da taxa de variação das matérias-primas brutas (de -2,38% para 0,79%)”, afirma André Braz, Coordenador dos Índices de Preços.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) caiu 0,01% em agosto. Em julho, o índice variara 0,02%. Quatro das oito classes de despesa componentes do índice registraram decréscimo em suas taxas de variação: Alimentação (-0,17% para -0,72%), Educação, Leitura e Recreação (0,99% para 0,06%), Vestuário (0,31% para -0,23%) e Comunicação (0,14% para 0,00%). As principais contribuições para este movimento partiram dos seguintes itens: hortaliças e legumes (2,73% para -4,80%), passagem aérea (5,50% para -1,13%), roupas (0,45% para -0,41%) e combo de telefonia, internet e TV por assinatura (0,14% para -0,16%).
O grupo Habitação repetiu a taxa de variação registrada no mês anterior, que foi de -0,24%. As principais influências partiram dos itens: gás de bujão (-2,17% para -0,71%), em sentido ascendente, e aparelho telefônico celular (-0,15% para -0,79%), em sentido descendente.
Em contrapartida, os grupos Transportes (-0,16% para 0,47%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,15% para 0,51%) e Despesas Diversas (0,15% para 0,63%) apresentaram avanço em suas taxas de variação. Nestas classes de despesa, as maiores influências partiram dos seguintes itens: automóvel novo (-4,19% para 0,97%), artigos de higiene e cuidado pessoal (-0,36% para 0,91%) e serviços bancários (0,08% para 0,92%).
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) caiu 0,20% em agosto. No mês anterior, o índice havia registrado taxa de -1,54%. Na análise por estágios de processamento, os preços dos Bens Finais variaram de -0,97% em julho para -0,95% em agosto. A principal contribuição para este resultado partiu do subgrupo combustíveis para o consumo, cuja taxa passou de -8,08% para -4,64%. O índice relativo a Bens Finais (ex), que exclui os subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, caiu 0,32% em agosto. No mês anterior, a taxa foi de -0,52%.
A taxa do grupo Bens Intermediários passou de -1,31% em julho para -0,37% em agosto.
A principal contribuição para este movimento partiu do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cuja taxa passou de -2,77% para 1,21%. O índice de Bens Intermediários (ex), obtido após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, caiu 0,62% em agosto, contra queda de 1,08%, no mês anterior.
O índice do grupo Matérias-Primas Brutas passou de -2,38% em julho para 0,79% em agosto. As principais contribuições para o avanço da taxa do grupo partiram dos seguintes itens: soja em grão (-3,07% para 5,98%), milho em grão (-9,49% para -0,67%) e leite in natura (-7,47% para -1,48%). Em sentido descendente, os movimentos mais relevantes ocorreram nos seguintes itens: minério de ferro (3,19% para 1,33%), mandioca/aipim (-1,87% para -5,28%) e cana-de-açúcar (0,15% para -0,40%).
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,17% em agosto. No mês anterior, a taxa foi de 0,01%. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de julho para agosto: Materiais e Equipamentos (-0,22% para -0,26%), Serviços (0,32% para 0,75%) e Mão de Obra (0,28% para 0,64%).