O Ibovespa ganhou tração na semana, com a valorização em 2,03%. Os investidores analisaram as declarações dos membros dos bancos centrais, a temporada de balanços financeiros e também os indicadores da agenda global.
Nesta sexta-feira, as expectativas estavam elevadas para os dados da inflação no IPCA, que surpreendeu ao recuar 0,24%. Além disso, na safra de resultados o mercado esperava pelo Bradesco (BBDC4), que registrou lucro líquido de R$ 4,62 bilhões no 3T23, queda de 11,5% ao ano, mas 2,3% maior trimestre a trimestre.
Ainda no foco estavam os números da Petrobras (PETR4), que soltou a revisão de guidance e novo CAPEX, bem como o muito aguardado dividendo.
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Índice: o Ibovespa subiu 1,29% aos 120.568 pontos. O giro financeiro ficou em R$23,56 bilhões.
“Na semana, o apetite ao risco voltou depois do Payroll dos EUA. Houve uma reação dos Treasuries, com a nossa curva de juros muito ligada a esse ativo. O clima foi bom em todos os mercados. As ações de setores mais cíclicos da economia doméstica sensíveis aos juros, como empresas que também possuem endividamentos mais altos, tiveram altas significativas”, destacou o economista-chefe da Messem Investimentos, Gustavo Bertotti, para o 1Bilhão.
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Para o ambiente externo, Bertotti avaliou a influência dos números da China para os negócios do Brasil. “O nosso mercado está muito ligado às exportadoras. O governo chinês vem dando estímulos, inclusive até para a compra de casas novas, que são ligadas ao consumo. Existe uma preocupação, já que 25% do PIB vem de construção civil. A fraqueza dessa economia ficou na balança comercial, que veio em US$56 bilhões, abaixo das expectativas de US$76 bilhões”, enumerou. Na semana, o setor Alfandegário chinês mostrou que as exportações caíram e as importações subiram.
Por fim, o economista avaliou o nosso IPCA. “No IPCA, o ponto que gosto de olhar é a difusão que, aliás, merece cautela porque passou de 43% para 53% em outubro. Em parte, o BC ainda está vigilante, resiliente e com tom contracionista. A ata dessa semana veio pesada e o balanço de risco piorou. A ata também trouxe um alerta sobre a questão fiscal, isso é fundamental para a ancoragem. Considero, então, que o mercado está olhando para isso. No entanto, o principal driver foi o cenário internacional. Indicadores, declarações do Fed, guerra no Oriente Médio e os números da China. Por aqui, o foco está na questão fiscal e nos balanços fazendo preços. Hoje, por exemplo, foi a vez do Bradesco”, completou a análise.
Ações com ganhos
Grupo Soma ON (SOMA3), alta de 6,62%; MRV ON (MRVE3), alta de 6,30%; Dexco (DXCO3), alta de 5,88%; Magazine Luiza ON (MGLU3), alta de 5,26%; Energisa UNT (ENGI11), alta de 5,11%.
Ações com perdas
Locaweb ON (LWSA3), queda de 5,30%; Lojas Renner ON (LREN3), queda de 4,35%; São Martinho ON (SMTO3), queda de 3,14%; Bradesco PN (BBDC4), queda de 1,44%; PetroRecsa ON (RECV3), queda de 1,36%.
Mais negociadas
Vale ON (VALE3), alta de 1,53%; Petrobras PN (PETR4), queda de 0,46%; Bradesco PN (BBDC4), queda de 1,44%; Itaú Unibanco PN (ITUB4), alta de 1,20%; Lojas Renner ON (LREN3), queda de 4,53%.
Carteira Teórica
Na Carteira Teórica do Índice Bovespa, que passou a vigorar de 04 de setembro a 29 de dezembro de 2023, estão os cinco ativos que apresentaram o maior peso na composição do índice foram: Vale ON (14,766%); Petrobras PN (7,214%); Itaú Unibanco PN (6,428%); Petrobras ON (4,467%); e B3 ON (3,579%).
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