O Ibovespa teve uma queda de aproximadamente 2,6%, chegando a 114.817,17 pontos nesta quarta-feira (8). A baixa do índice se deve às manifestações ocorridas a favor do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido).
Os atos que levaram cerca de 400 mil de pessoas às capitais de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília acabaram reforçando a crise política entre os poderes democráticos do país, o que gerou instabilidade na Bolsa de Valores brasileira.
Durante as manifestações, Bolsonaro atacou os ministros do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso. Além disso, seu discurso ameaçou o presidente da Corte, ministro Luiz Fux. “Ou o chefe desse Poder enquadra o seu ou esse Poder pode sofrer aquilo que nós não queremos“, afirmou Bolsonaro.
Períodos turbulentos para a economia
De acordo com especialistas, a economia deve passar por turbulências até o final de 2022 devido às próximas eleições. Esse cenário pode se agravar com atos que incitem uma crise maior entre os poderes.
No exterior, as bolsas internacionais também apresentaram quedas leves graças a uma reavaliação mundial a respeito do ritmo de retomada econômica pós-pandemia.
Enquanto isso, o dólar continua subindo. Em suma, a moeda norte-americana opera com alta de 2,51%, chegando ao valor de R$ 5,3 para compra e vendas.
Ibovespa e as quedas rotineiras
O Ibovespa já vinha enfrentando baixas que preocuparam o mercado no início de agosto. Mesmo assim, tentando se recuperar dos golpes anteriores, o índice acabou passando por mais uma baixa alarmante. Dessa forma, devido a reação negativa do mercado com a aprovação do texto-base do novo Imposto de Renda.
Isso porque, a reforma sugere a tributação de 20% sobre os dividendos e a proposta de acabar com o JCP (Juros sobre Capital Próprio), questão que foi mal recebida pelos investidores.
Agora, o principal índice da B3 recua novamente devido às tensões políticas e um cenário econômico preocupante, que tende a se estender até as próximas eleições.