O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou nesta quarta-feira (20), com restrições, a compra pela Hypera Pharma (HYPE3) de portfólio na América Latina da Takeda Pharmaceutical International (TAKP34).
Segundo a Reuters, a decisão do Cade, publicada na conta do órgão antitrustre no Twitter, está em linha com as expectativas da Hypera, que esperava a autorização de autoridades no começo de 2021.
Restrição
A única restrição, de acordo com uma fonte a par da decisão, estava relacionada ao medicamento Xantinon, que a Hypera vendeu para a União Química Farmacêutica Nacional ainda em setembro do ano passado.
A Hypera anunciou em março do ano passado o acordo com a Takeda para a aquisição de portfólio de 18 medicamentos isentos de prescrição (OTC) e de prescrição na América Latina por 825 milhões de dólares.
3º tri
A companhia alcançou sua maior receita líquida desde que passou a concentrar as suas operações exclusivamente no mercado farmacêutico no terceiro trimestre de 2020. De julho a setembro, registrou uma receita líquida de R$ 1,0885 bilhão, crescimento de 7,9% em comparação com o mesmo período do ano passado.
Bem acima das expectativas dos analistas, o lucro da companhia cresceu 29,4%, indo a R$ 345,6 milhões.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 395,5 milhões, uma alta de 32,2%.
Justificativa
Em nota ao mercado, a empresa justificou o crescimento do Ebitda com um melhor controle e gestão de custos e despesas. Segundo a companhia, o objetivo é reduzir os impactos negativos da pandemia do coronavírus no curto prazo. Assim, a Hypera reduziu suas despesas administrativas e com marketing. A medida levou a um aumento de R$ 165,9 milhões do fluxo de caixa operacional – que totalizou R$ 465,1 milhões.
Já o nível recorde da receita foi impulsionado pela flexibilização das regras de isolamento social, que levaram a uma melhora da demanda no varejo farmacêutico, principalmente no segmento de ‘similares e genéricos’.
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