O hedge ou proteção cambial tem papel fundamental na rotina das empresas e dos investidores, porque assegura que os ativos e patrimônios não sejam desvalorizados. Além disso, a proteção ocorre contra as oscilações do mercado financeiro, funcionando como uma espécie de “seguro” para o preço das moedas. Isso representa para o investidor um pouco mais de previsibilidade e menos perdas grandes e bruscas na operação.
“O objetivo do hedge é compensar as perdas potenciais em uma posição com ganhos em outra posição, geralmente usando instrumentos financeiros como derivativos. Assim, o hedge é uma forma de proteção contra riscos, buscando minimizar as flutuações negativas nos preços dos ativos”, explica o co-fundador e diretor executivo da Dascam Corretora de Câmbio, Sergio Brotto.
Os derivativos são instrumentos financeiros cujo valor deriva (daí o nome) do valor de um ativo subjacente. “Eles são contratos financeiros que podem ser negociados no mercado e incluem opções, futuros, swaps e contratos a termo. Os derivativos são utilizados para diversos fins, como proteção contra riscos, especulação ou arbitragem”, destaca o executivo.
Estratégia de hedge cambial
Ao adotar uma estratégia de hedge cambial, o investidor terá mais tranquilidade para operar porque a estabilidade e segurança nas operações realizadas na bolsa de valores serão maiores. Mas, então, em quais momentos é preciso montar essa estratégia de proteção, o que levar em conta para contratar esse tipo de serviço?
“Diante da volatilidade dos mercados é fundamental a realização de operações de Hedge de cobertura de riscos de variações, no mercado internacional, de taxas de juros, de paridade entre moedas e de preços de mercadorias, que podem ser realizados no exterior em qualquer modalidade regularmente praticada no mercado internacional em bolsas ou em mercado de balcão”, destaca Sergio Brotto.
O executivo também ressalta que apesar da simplificação do mercado de câmbio, a operação de hedge ainda fica sujeita a registro em câmaras ou prestadores de serviço de compensação, de liquidação e de registro autorizados pelo Banco Central do Brasil ou pela Comissão de Valores Mobiliários.
Principais estratégias de Hedge:
Mercado futuro:
É uma maneira clássica de fazer hedge. Permite a compra de contratos futuros em dólar, com o preço da moeda pré-determinado para uma data futura. Além disso, a possibilidade é adquirir o direito de negociar dólares por um valor determinado mesmo que a cotação tenha alguma mudança.
Fundos cambiais:
Esse ativo acompanha as oscilações de moedas estrangeiras, como o euro e o dólar. Seu maior objetivo não é bater uma meta de rentabilidade, mas sim entregar o retorno esperado para a moeda em que está atrelado. Por isso, muitas vezes ele é buscado por investidores que aplicam estratégias de prevenção de perdas em outras aplicações, como é o caso do hedge cambial.
ETFs (Exchange Traded Funds):
Modalidade que funciona como um tipo de fundo de investimentos, mas com foco em acompanhar e replicar um índice econômico. Assim como as ações, suas cotas de participação também são negociadas no pregão da bolsa. Nesse caso, para proteger os investimentos das oscilações cambiais, é possível escolher um ETF que acompanhe algum índice que responda à dinâmica de valorização do dólar, mesmo que indiretamente.
NDF (Non-Deliverable Forward):
Trata-se de um contrato de termo futuro muito usado por importadores e exportadores. Ele trava a cotação de uma moeda estrangeira em uma data futura, o que traz previsibilidade para as empresas e oportunidades de ganhos para os investidores.
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