A fabricante de calçados Grendene registrou lucro líquido de R$ 309 milhões no quarto trimestre de 2020, alta de 47,7% ante igual período do ano anterior, conforme relatório encaminhado ao mercado.
De acordo com o documento, a empresa registrou sua maior receita bruta para um trimestre: R$ 1 bilhão. Já a receita líquida cresceu 25,7%, para R$ 837,1 milhões.
O volume de pares comercializados alcançou expressivos 62,1 milhões, com o mercado doméstico sendo o principal responsável pelo incremento nos resultados, com alta de 36% em volume e de 41% em receita bruta, para R$ 849,9 milhões. Nesse contexto, a prorrogação do auxílio emergencial, ainda que em menor valor, foi importante para ajudar nas vendas, avalia a companhia em seu relatório de resultados.
“A companhia também foi beneficiada pela escassez de matérias-primas no mercado, ocasionando a concentração de pedidos em grandes fabricantes de calçados, em função do receio dos lojistas de ficar sem produtos nas principais datas do varejo do quarto trimestre (Dia das Crianças, Black Friday e Natal)”, acrescenta a Grendene.
Grendene
A administração da companhia também destaca que houve uma mudança no perfil de compra dos consumidores, que passaram a optar por produtos como chinelos de dedos e papetes, em detrimento de outras categorias de sapatos.
No mercado externo, as vendas caíram 5,4% em volume e 6,1% em receita bruta ante o quarto trimestre de 2019, atingindo 10,3 milhões de pares e R$ 179,5 milhões respectivamente, devido a uma nova onda de agravamento da pandemia na Europa e nos Estados Unidos. Assim como no trimestre anterior, os embarques à América Latina lideraram as exportações da companhia no quarto trimestre.
A empresa
A empresa fechou 2020 com 20,2% de participação de mercado, um crescimento de 3,6 pontos percentuais, e registrou uma redução no volume de pares (-3,6%) inferior à queda da produção do setor (-20,8%), segundo informações da Abicalçados.
A receita bruta recuou 7,1% em relação a 2019, enquanto o lucro bruto totalizou R$ 874,5 milhões, equivalente a uma margem bruta de 46,1% (0,5 ponto percentual superior à de 2019). Já a receita líquida encolheu 8,4%, para R$ 1,90 bilhão. O lucro líquido recuou 50,5%, para R$ 405,2 milhões.
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