Gafisa (GFSA3): Cade aprovou aquisição da Calçada empreendimentos no Rio

A Gafisa (GFSA3) comunicou nesta terça-feira (3) que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou acordo para a aquisição da participação da Calçada em quatro empreendimentos imobiliários no Rio de Janeiro.

“A aquisição envolve pagamentos combinando recursos do caixa da companhia e o recebimento de participação no capital da Gafisa, por meio de debêntures conversíveis”, afirmou a Gafisa em fato relevante.

Reconstrução

Em reconstrução depois de uma gestão turbulenta que chegou a paralisar suas obras, a incorporadora retomou os lançamentos e está buscando uma fusão com a Tecnisa, além de mirar outras aquisições e preparação a entrada no segmento de propriedades

Por onde passa, Mu Hak Você costuma deixar um rastro de polêmicas. Mas nada se compara aos pouco mais de quatro meses em que o investidor sul-coreano assumiu o controle da Gafisa, incorporadora focada em projetos de média e alta renda, a partir de setembro de 2018.

Medidas controversas

Entre outras medidas controversas, ele destituiu o Conselho de Administração, demitiu todo o alto escalão, suspendeu o pagamento de fornecedores e fechou uma filial carioca.

A pá de cal gestão dessa turbulenta veio no fim de janeiro de 2019, com a paralisação das obras da empresa. Três semanas depois, a Gafisa anunciou que Você havia renunciado depois de vender toda sua participação na empresa.

Movimentação

Passados ​​20 meses, a movimentação da Gafisa contrasta com os canteiros inativos e o cenário de terra arrasada.

A empresa retomou os lançamentos e a compra de terrenos, propôs uma fusão com a Tecnisa, está investindo em aquisições e prepara a entrada no setor de propriedades.

“Nós temos uma obsessão de fazer a Gafisa voltar a ser protagonista”, diz Ian Andrade, vice-presidente de finanças e gestão da Gafisa, ao NeoFeed . Como parte do processo de divulgação em abril de 2019, ele divide o comando da empresa com Guilherme Benevides, vice-presidente de operações.

Board

A dupla se reporta ao Conselho de Administração. E no board, um nome se destaca na definição dos rumos dessa reconstrução: Nelson Tanure. Conhecido por mirar empresas em dificuldades, o investidor chegou a Gafisa por meio da gestora Planner, que detém hoje 30% da incorporadora.

Sob as regras ditadas por Tanure, a tacada mais ousada da nova gestão veio na manhã de 19 de agosto, quando a Gafisa propôs uma fusão com a Tecnisa, por meio do fundo Bérgamo, que tinha, até então, uma fatia de 3,1 % na rival. Hoje, essa participação está em 5,3%.

Veja GFSA3 na Bolsa: