Fundos de hedge estão se fortalecendo na pandemia, diz KPMG

O setor está sendo capaz de gerenciar riscos, se adaptar com agilidade e atuar com resiliência, construindo um caminho para garantir retornos

Em um cenário de incertezas para os negócios, a indústria de fundos de hedge tem se destacado durante a pandemia da Covid-19.

O setor está sendo capaz de gerenciar riscos, se adaptar com agilidade e atuar com resiliência, construindo um caminho para garantir retornos.

Essas são algumas das conclusões da pesquisa “Ágil e resiliente: investimentos alternativos abraçam a nova realidade” (Agile and resilient: alternative investments embrace the new reality, em inglês), produzido pela KPMG em parceria com a Alternative Investment Management Association (AIMA).

“A pandemia evidenciou que as operações dos fundos de hedge e seus ecossistemas são robustas e adaptáveis, mesmo durante o mais rígido isolamento social. Estamos presenciando, neste mercado e nesta nova realidade, oportunidades interessantes para fundos de hedge. Além disso, todas as tendências mapeadas na pesquisa revelam que o setor vai seguir ainda mais robusto e diversificado no futuro”, afirma Ricardo Anhesini, sócio-líder de Private Equity da KPMG na América do Sul.

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A pesquisa

A pesquisa revelou que 57% das empresas de fundos de hedge em todo o mundo contrataram ou pretendiam contratar durante o período da Covid-19, 81% dos entrevistados estão investindo em recursos digitais e tecnologia da informação e que o setor está priorizando a cultura e o bem-estar com modelos híbridos de trabalho.

Participaram da pesquisa 144 gestores de fundos de hedge em todo o mundo, representando US$ 840 bilhões em ativos sob gestão (AUM). A pesquisa foi realizada durante a pandemia e o relatório também inclui percepções individuais dos principais participantes do setor.

“Os dados também destacam que muitos gestores desta indústria estão buscando atrair e reter os talentos. Eles também observam com atenção as novas oportunidades de negócios para reavaliarem os modelos operacionais e ajustarem processos, estruturas e ambientes de trabalho. Há também um foco importante no aprimoramento de capacidades profissionais e em iniciativas de colaboração em um ambiente descentralizado. Além disso, muitos estão investindo cada vez mais no aprimoramento das relações com investidores”, afirma Lino Junior, sócio-líder de Asset Management da KPMG no Brasil.

Conclusões

O conteúdo também chegou às seguintes conclusões sobre os temas a seguir:

  • Atração e retenção de talentos: os fundos de hedge continuaram fazendo contratações estratégicas, com 57% de todos os gestores afirmaram que já contrataram ou estão procurando ativamente contratar novos talentos desde o início da pandemia.
  • Adaptação a uma nova realidade: 61% dos entrevistados consideram que a flexibilidade dos funcionários que trabalham remotamente é um fator positivo, com 46% destacando os benefícios da menor necessidade de deslocamento para os funcionários.
  • Sourcing inteligente: 71% dos entrevistados mencionaram o sucesso do trabalho remoto como um catalisador para aumentar a terceirização de soluções operacionais e tecnológicas, melhorar a eficiência, reduzir custos e gerenciar as margens de maneira mais eficaz.
  • Inovação do ambiente de TI: mais de 80% dos entrevistados estão investindo na sua infraestrutura digital e nas suas capacidades de TI. Metade de todas as empresas afirma que está investindo em medidas de segurança cibernética, com uma em cada três empresas dizendo que está construindo um data warehouse central para facilitar a análise de dados e a geração de relatórios.
  • Retorno ao escritório: as empresas estão adotando uma abordagem flexível e colaborativa para desenvolver seus planos de retorno ao escritório, com a necessidade de modificar o espaço físico de trabalho (64%), treinamento da equipe em novos protocolos de higiene, sanitização (44%) e preocupações com o deslocamento (42%) identificados como questões-chave.
  • Relações com Investidores 2.0: com as reuniões presenciais sendo praticamente impossíveis, 58% dos gestores de fundos de hedge estão otimizando o uso de ferramentas digitais para melhorar seu modelo de RI.
  • Impulsionando a eficiência: os fundos de hedge estão tomando decisões difíceis para administrar seus negócios com mais eficiência durante esse período, com mais de 25% dos entrevistados afirmando que há planos de aumentar a eficiência investindo mais em tecnologia.
  • Planejamento para o futuro: os gestores de fundos estão se planejando para oportunidades e disrupções contínuas. Um em cada cinco entrevistados enxerga esse fator como um momento para redefinir os modelos de negócios. A experiência da pandemia mostrou que eles são capazes de reinventar seus modelos de negócios e operacionais, apontando para um setor de fundos de hedge mais ágil e resiliente.

O conteúdo está disponível na íntegra aqui.

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