Os fundos de investimento fecharam julho com captação líquida positiva de R$ 14,7 bilhões, segundo dados da ANBIMA. O resultado reverte um movimento de saída que vinha desde novembro de 2022.
“A previsão do início do ciclo de queda da taxa de juros pode ter contribuído com o desempenho da indústria de fundos. Com o passar do tempo, conforme a taxa caia e as incertezas econômicas diminuam, mais recursos devem entrar na indústria, principalmente nos fundos mais arriscados, que tiveram a atratividade impactada por conta da Selic em patamares mais altos”, explica Pedro Rudge, vice-presidente da ANBIMA. No mês, o patrimônio líquido bateu a marca de R$ 8 trilhões.
Depois de quatro meses de saídas líquidas, os fundos de renda fixa puxaram o resultado positivo da indústria em julho, com entradas líquidas de R$12,6 bilhões. O montante também marcou a maior captação da classe em 2023.
Os fundos estruturados e fundos de previdência também fecharam com mais aportes do que resgates. No caso dos estruturados, os FIDCs registraram R$ 4,7 bilhões de entradas líquidas, os FIPs (Fundos de Investimento em Participações), R$ 1,4 bilhão, e os ETFs (Exchange Traded Funds), R$ 826,9 milhões. Enquanto isso, a previdência teve R$4,4 bilhões de aportes líquidos.
Já multimercados, ações e cambiais ficaram no vermelho, com R$ 8,9 bilhões, R$261,6 milhões, e R$ 200,3 milhões de saídas líquidas, nesta ordem.
Rentabilidade no mês
Dentre os tipos com maior patrimônio líquido, os fundos de ações livres, que não têm uma estratégia de concentração específica, tiveram rentabilidade de 3,81% no mês. Nos multimercados, os fundos com exposição a investimento no exterior registraram retorno de 1,18%. Na classe de renda fixa, os fundos que investem em títulos públicos de curto prazo apresentaram alta de 1,12%.
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