A Focus Energia (POWE3) reportou lucro líquido de R$ 46,5 bilhões em 2020, uma queda de 50% em relação ao saldo de R$ 94,1 milhões em 2019, conforme relatório encaminhado ao mercado.
De acordo com o documento, no quarto trimestre de 2020 registrou prejuízo líquido de R$ 325 mil, ante o lucro de R$ 25,8 milhões no intervalo de um ano.
Já o Ebitida ajustado (lucro antes de impostos e amortizações), que exclui eventos não recorrentes, encolheu tanto no acumulado do ano passado (-31%) quanto no último trimestre (-74%) na relação anual, e totalizaram R$ 91,2 milhões e R$ 6,8 milhões, respectivamente.
Cerca de 6.914 GWh de energia foram comercializados no Mercado Livre no ano de 2020, dos quais 1.875 GWh apenas no intervalo de outubro a dezembro.
A receita operacional líquida em 2020 contraiu 11% e totalizou R$ 1,2 bilhão.
Neste mês, as ações da Focus Energia foram apontadas as mais baratas do segmento renovável, segundo avaliação do Santander.
Focus Energia
A companhia informou dia 5 de março que assinou contrato com a espanhola Soltec Power Holdings para a aquisição de equipamentos para um projeto fotovoltaico no Brasil.
O acordo envolve o fornecimento pela Soltec Power dos chamados seguidores solares, que permitem que os painéis de uma usina acompanhem o movimento do sol durante o dia com o objetivo de aumentar a produtividade.
A Soltec disse que fornecerá à Focus 852 megawatts em seguidores, ou “trackers”, e que o início da fase de instalação do projeto está previsto para julho de 2021.
Os seguidores serão do tipo bifacial, e atenderão a uma primeira fase do empreendimento solar, que tem potencial para expansões futuras, de acordo com a fornecedora.
A Soltec disse em nota que já fechou acordos para fornecer 2,2 gigawatts em seguidores solares no Brasil, de um total em 8,4 gigawatts em equipamentos como esses negociados pela empresa no mundo.
A fabricante tem sede em Molina de Segura, em Murcia, na Espanha.
A Focus, que levantou cerca de R$ 765 milhões em uma oferta inicial de ações em fevereiro, tem planos de construir usinas solares para venda da produção no chamado mercado livre de eletricidade, onde grandes empresas como indústrias negociam contratos de suprimento de energia diretamente com fornecedores.
A estratégia da empresa prevê a construção do chamado projeto solar Futura, na Bahia, que teria potencial para até 3 gigawatts em capacidade.
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