Fitch: Rating Nacional da TIM Brasil é ‘AAA(bra)’ com Perspectiva Estável

Rating reflete a forte correlação com sua subsidiária

A Fitch Ratings publicou hoje o Rating Nacional de Longo Prazo ‘AAA(bra)’, com Perspectiva Estável, da TIM Brasil e atribuiu rating ‘AAA(bra)’ à primeira emissão, de até R$ 4,25 bilhões, de debêntures com garantias reais e prazo de cinco anos.

“O rating da TIM Brasil reflete sua forte correlação com sua subsidiária, a terceira maior operadora de telefonia móvel do Brasil, da qual possui 67% de participação. O rating da TIM Brasil incorpora o forte perfil de negócios da subsidiária, sustentado por sua significativa participação de mercado e por seus indicadores de crédito conservadores, com baixa alavancagem e robusta liquidez”, citaram os analistas da Fitch.

A Perspectiva Estável baseia-se na expectativa de que a TIM continuará a apresentar sólidos fluxos de caixa operacionais, com forte capacidade de distribuição de dividendos, que cubram o serviço das debêntures da TIM Brasil nos próximos cinco anos.

O rating contempla, ainda, o vínculo da TIM Brasil com sua controladora, a Telecom Italia S.p.A. (IDR – Issuer Default Rating – Rating de Inadimplência do Emissor ‘BB-‘, Perspectiva Negativa), de acordo com a Metodologia de Vínculo Entre Ratings de Controladoras e Subsidiárias.

A Telecom possui 100% das ações da TIM Brasil, que possui perfil de crédito mais robusto, fortalecido por seu controle e sua proximidade com a TIM S.A.

De acordo com a metodologia da Fitch, o ring-fencing são permeáveis, pois não há delimitação efetiva de dividendos, e a TIM e a TIM Brasil possuem suas próprias limitações de alavancagem.

“O acesso e o controle também são permeáveis devido à presença dos acionistas minoritários da TIM e à limitada visibilidade de uma futura independência da subsidiária para administrar financiamentos externos e caixa próprios. Esses fatores restringem uma análise do perfil de crédito da Tim Brasil, exclusivamente em bases isoladas de seu controlador.”, destacaram

Entre os pontos da análise

A TIM tem demonstrado forte capacidade de geração de robustos e crescentes fluxos de caixa das operações (CFFOs) em diferentes cenários macroeconômicos.

O cenário do rating contempla que TIM Brasil gerará, em base consolidada, EBITDA de R$7,4 bilhões e CFFO de R$ 5,4 bilhões em 2023, e R$7,6 bilhões e R$5,3 bilhões, respectivamente, em 2024.

A Fitch exclui do CFFO os dividendos pagos aos acionistas minoritários da TIM, o pagamento de licenças de 5G, estimado em R$385 milhões em 2023 e R$299 milhões em 2024, bem como o pagamento ao Fundo de Fiscalização de quase R$500 milhões, entre 2023 e 2025.

O FCF estimado é de R$3,9 bilhões negativos em 2023, fortemente impactado pela distribuição de R$ 4,5 bilhões em dividendos extraordinários, suportada, em sua maioria, pela emissão em curso, e positivo em R$773 milhões em 2024.

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