O Federal Reserve acaba de elevar a taxa de fundos federais para os próximos 45 dias nos Estados Unidos. A taxa principal sai de 5,25% para 5,50%.
A decisão do Comitê Federal de Mercado Aberto – Fomc veio em linha com o consenso dos analistas, porém, a busca agora era por pistas no comunicado sobre os próximos passos da autoridade monetária na condução da política monetária.
“Indicadores recentes sugerem que a atividade econômica vem crescendo em ritmo moderado. Os ganhos de empregos foram robustos nos últimos meses e a taxa de desemprego permaneceu baixa. A inflação continua elevada”, citou o Comitê no comunicado.
Os integrantes destacam que o sistema bancário dos EUA é sólido e resiliente. As condições de crédito mais apertadas para famílias e empresas deverão pesar na atividade econômica, nas contratações e na inflação. A extensão desses efeitos permanece incerta.
O Comitê disse que pretende alcançar o máximo de emprego e inflação à taxa de 2% no longo prazo. “Em apoio a essas metas, o Comitê decidiu aumentar a faixa-alvo para a taxa dos fundos federais de 5,25% a 5,50%. O Comitê continuará avaliando informações adicionais e suas implicações para a política monetária”, justificaram.
Adotando as medidas para a sequência do endurecimento adicional da política que pode ser apropriado para retornar a inflação a 2% ao longo do tempo, o Comitê reiterou que levará em conta o “aperto cumulativo da política monetária” e citando que os “atrasos com os quais a política monetária afeta a atividade econômica e a inflação e os fatores econômicos e financeiros e o desenvolvimento.”
Quanto às compras de títulos do Tesouro americano, o Fomc disse que vai seguir reduzindo suas participações e dívidas de agências e títulos lastreados em hipotecas de agências, conforme descrito em seus planos anunciados. “O Comitê está fortemente empenhado em retornar a inflação ao seu objetivo de 2%.”
Ao avaliar a orientação apropriada da política monetária, o Comitê continuará monitorando as implicações das informações recebidas para as perspectivas econômicas.
Apesar de todas as devidas justificativas, o Fomc renovou a disposição de seguir ajustando a orientação da política monetária, isso conforme apropriado caso “surgissem riscos que pudessem impedir o alcance de suas metas”.
Sem muita diferença do que vem anunciando nos últimos comunicados, o Fomc renovou que: “as avaliações levarão em conta uma ampla gama de informações, incluindo leituras sobre as condições do mercado de trabalho, pressões inflacionárias e expectativas de inflação, e desenvolvimentos financeiros e internacionais”, fechou o comunicado.
A decisão em elevar a taxa de juros para os 5,50% foi por unanimidade.
O Fomc é composto por Jerome H. Powell, presidente; John C. Williams, vice-presidente; Michael S. Barr; Michelle W. Bowman; Lisa D. Cook; Austan D. Goolsbee; Patrick Harker; Philip N. Jefferson; Neel Kashkari; Lorie K. Logan; e Christopher J. Waller
O presidente do Fed, Jerome Powell, dá detalhes agora em coletiva de imprensa.
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