Os investidores já estão elevando as expectativas para a temporada de balanços. O dia foi de poucos indicadores econômicos, o que acabou contribuindo para as devidas correções.
Nos radares estavam os resultados financeiros do segundo trimestre dos grandes bancos americanos. A apreensão era grande muito por conta da crise dos bancos regionais no começo de março. O Silicon Valley Bank quebrou e arrastou outros do mesmo porte.
No ambiente doméstico, a sexta-feira foi marcada pela divulgação das vendas no comércio varejista, que embora sendo de maio acabou frustrando.
“Com a agenda local mais esvaziada, os investidores reagiram ao recuo de 1% das vendas do varejo em maio ante abril. Os dados divulgados de uma atividade econômica mais fraca abrem espaço para possíveis cortes de juros em agosto, a grande questão é se a redução será de 25 ou 50 pontos-base. Na minha visão, considerando a postura conservadora do BC até o momento, parece mais provável uma redução de 25”, avaliou o CEO do transferbank, Luiz Felipe Bazzo, para o 1Bilhão.
Sobre o que vem por aí, Bazzo cita a nova etapa do programa “Desenrola Brasil”, que será iniciada na segunda-feira. “O programa ‘Desenrola Brasil’, que tem como objetivo a renegociação de dívidas de até R$ 5 mil para pessoas físicas e limpar o nome de 1,5 milhão de brasileiros, pode aliviar o consumidor brasileiro e impulsionar o consumo nesse segundo semestre. Com isso, as expectativas seguem para o impulso na alta do PIB para 2% neste ano”, completa.
Depois dos ganhos do dia anterior, o Ibovespa devolveu a alta e o dólar fez ligeira pressão sobre o real.
Acompanhe o desempenho de hoje
ÁSIA
O otimismo do dia anterior nos mercados asiáticos deu lugar para os ajustes e gerou expectativa para o pontapé inicial da temporada de balanços nos Estados Unidos. A agenda da região estava vazia, o que acabou deixando os traders dispostos ao risco em alguns países do Continente.
Índices: o Hang, Seng, bolsa de Hong Kong, ficou em alta de 0,33% os 19.413 pontos. O Xangai, China, ficou estável aos 3.237 pontos. O índice Nikkei 225, bolsa de Tóquio, ficou em queda de 0,09% aos 32.391 pontos.
EUROPA
Depois de ganhos expressivos na semana, os mercados europeus fecharam em campo negativo. Parte dos índices manteve a estabilidade e a outra ficou em queda. Vale destacar que foram quatro altas consecutivas.
Índices: o Stoxx Europe 600 caiu 0,11% aos 460.83 pontos em Londres. O DAX-30, bolsa de Frankfurt, caiu 0,22% aos 16.105 pontos. O Ibex 35 (Madri) ficou em queda de 0,43% aos 9.438 pontos.
ESTADOS UNIDOS
Os índices de Wall Street encerraram em queda marginal e apenas o Dow Jones alimentou ganhos. Depois de quatro sessões no azul, os investidores acompanharam com cautela as divulgações dos balanços dos grandes bancos. Os gigantões não decepcionaram.
Índices: o Dow Jones ficou em alta de 0,33% aos 34.509 pontos. O S&P ficou em queda de 0,10% aos 4.505 pontos. O Nasdaq ficou em queda de 0,18% aos 14.113 pontos.
BRASIL
A bolsa de valores de São Paulo fechou em queda, com os investidores realizando lucros e também já esperando pelos balanços financeiros. Apesar da semana carregada de otimismo em quase todos os índices, o benchmark brasileiro recuou 0,99%.
Índice: o Ibovespa caiu 1,30% ficando aos 117.710 pontos.
O dólar fechou em alta de 0,10% aos R$4,795.
Bom fim de semana!
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