O investidor ficou animado nesta reta final do Ano, já que os últimos indicadores que poderiam fazer preços nas ações foram divulgados antes do Natal.
Os representantes dos bancos centrais estão fora do circuito, o que acabou dando “certo” alívio para as compras, ajustes de carteiras e, principalmente, realização de lucros.
Apesar do desempenho melhor no mercado acionário global, o ano de 2023 está marcado pelos conflitos geopolíticos, em especial pela guerra iniciada em outubro entre Israel e o grupo extremista Hamas. Além disso, os bombardeios entre a Ucrânia e a Rússia estão na iminência de completar dois anos em fevereiro.
Fora esses fatores, as duas maiores economias do mundo, a China e os EUA, assustaram pela fraqueza e a palavra recessão ganhou voz nas declarações das mais importantes autoridades monetárias.
Nunca se falou tanto em inflação, juros altos, emprego e desemprego, ameaças por terra, por mar e por ar. O investidor foi testado e o mau humor foi mantido em muitos momentos.
O impossível de se imaginar ocorreu nos EUA, com bancos regionais quebrando e colocando ainda mais tensão nos mercados. O “fantasma” da crise de 2008 a 2010 ainda assusta os EUA.
Mas esse ano foi a vez da China que conviver com uma das maiores crises do setor imobiliário, mesmo com os incentivos despejados por Pequim e pelo Banco Popular Chinês – PBoC.
Por aqui, o front político assustou já nos primeiros dias do governo do presidente Lula da Silva. O 08 de Janeiro entrou para a História do Brasil.
Mas como afirmaram os analistas para o 1Bilhão ao longo desse ano, o mercado financeiro doméstico amadureceu e nem mesmo os conflitos externos e internos foram capazes de abalar a bolsa de valores, mexer com o real e com a curva de juros futuros.
A bolsa brasileira conseguiu feitos históricos, com o índice principal batendo recordes nos últimos dias e contrariando algumas probabilidades. Várias casas apontam para o IBOV entre 145.500 a 150 mil pontos.
Hoje, por fim, o índice fechou estável e acima dos 134 mil pontos, embora com a baixa liquidez promovida pelo feriado de fim de ano.
O dólar completou 2023 em queda de 8,07%, desvalorizou 1,27% no mês de dezembro e marcou mais um recuo de 0,16% na semana.
Acompanhe o desempenho de hoje
ÁSIA
As bolsas encerram em campo positivo. Os investidores acompanhram o desempenho de Wall Street no dia anterior. Destaque negativo ficou para a bolsa de Tóquio, com a produção industrial caindo 0,9% em relação a outubro. O maior peso ficou para a produção de automóveis. Na sequência ficaram também os equipamentos de tecnologia da informação e máquinas em geral. Porém, foi registrado aumento na fabricação de chips, conforme o Ministério da Indústria do Japão.
Índices: o Hang Seng, bolsa de Hong Kong, subiu 2,52% aos 17.043 pontos; o Shanghai, bolsa da China, subiu 1,54% aos 2.914 pontos; o Nikkei 225, bolsa de Tóquio, caiu 0,42% aos 33.539 pontos.
EUROPA
As bolsas fecharam em campo negativo nesta reta final. A falta de indicadores econômicos contribuiu para a realização de lucros. As atenções estavam voltadas apenas para os poucos indicadores da economia americana. O ouro e a libra subiram.
Índices: o FTSE-100, bolsa de Londres, ficou estável aos 7.722 pontos; o DAX-30, bolsa de Frankfurt, caiu 0,24% aos 16.701 pontos; o CAC-40, bolsa de Paris, ficou em queda de 0,48% aos 7.535 pontos.
ESTADOS UNIDOS
Os índices Wall Street ficaram com ganhos moderados, em meio a uma semana de poucos negócios e em ritmo de final de ano. A agenda de hoje estava praticamente esvaziada.
Índice: o Dow Jones subiu 0,30% aos 37.656 pontos; o S&P 500 subiu 0,14% aos 4.781 pontos; o Nasdaq subiu 0,16% aos 15.099 pontos.
BRASIL
A bolsa de valores de São Paulo fechou o último pregão do ano estável. O índice principal avançou 22,28% em 2023, ficou com ganho no mês de 5,38% e encerrou a semana, que foi mais curta pelo feriado de Natal segunda-feira, em mais 1,07%.
Índice: o Ibovespa ficou estável e conseguiu sustentar os 134.185 pontos.
O dólar, no interbancário, avançou 0,41% aos R$4,853 pontos.
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