Dezembro começou positivo e o rali de final de ano foi antecipado, isso na esteira do mês anterior. No entanto, alguns fatores ainda poderão mexer com o sentimento do mercado nesta reta final do ano.
A partir da próxima semana, uma série de reuniões de bancos centrais estão agendadas e, com isso, os indicadores econômicos serão decisivos para os direcionamentos das políticas monetárias e para as perspectivas de 2024.
“Embora com otimismo global nos últimos dias, a cautela ainda prevalece entre os investidores, que ora olham para Ásia, depois para a Europa, EUA e Brasil. Os recentes indicadores da China, que enfrenta uma grave crise no setor imobiliário, juntamente com outros dados da economia europeia, preocupam muito. Além disso, as duas guerras estão em andamento, o que acaba promovendo uma atenção redobrada para a crise geopolítica”, analisou o economista-chefe da Messem Investimentos, Gustavo Bertotti, para o 1Bilhão.
No entanto, o economista avalia os cenários dos EUA e do Brasil como positivos. “Nos EUA, os números do setor de trabalho, inflação e PIB revelam fortalecimento, mesmo com as declarações de Jerome Powell. Na de hoje, por exemplo, o tom ainda era “hawkish”, mas o mercado descolou e elevou a probabilidade de uma pausa na taxa de juros nos primeiros meses de 2024. O consenso do mercado está em quase 98% para março”, enumerou.
Para Brasil, na análise de Bertotti, o cenário é interessante nesta reta final de ano. Entretanto, as várias questões que estão na mesa serão os grandes desafios para o Governo e, principalmente, para a equipe econômica. “O mercado está animado com a volta do fluxo estrangeiro, que até o dia 29 estava em R$18,48 bilhões e deixando no retrovisor os resultados de setembro e outubro. No ano, o volume era de R$24,85 bilhões. Contudo, o que preocupa é a volta do risco político, a dúvida sobre o cumprimento da meta fiscal, as interferências políticas nas companhias estatais, entre outras. Por fim, ainda estamos enfrentando as questões do clima e que poderão pressionar os preços de commodities agrícolas e, o pior, a inflação. São muitos os desafios para esse último mês e para os primeiros do ano novo”, concluiu Bertotti.
Nesta sexta-feira (01/12), as bolsas asiáticas ficaram divididas, as europeias mantiveram os ganhos, a americana disparou e a brasileira sustentou a alta. O Dow Jones (NYSE) e o Ibovespa (B3) bateram recordes.
Acompanhe o resumo do desempenho de hoje
ÁSIA
As bolsas ficaram sem direção única. Os investidores analisaram os desempenhos dos mercados no dia anterior, mais precisamente os números da economia americana. O PMI de Manufatura da China estava no foco.
Índices: o Nikkei 225, bolsa de Tóquio, subiu 0,17% aos 33.431 pontos e o Topix ficou em alta de 0,32% aos 2.382 pontos. O XJO, bolsa de Sidney, caiu 0,20% aos 7.073 pontos.
EUROPA
As bolsas sustentaram as altas. Os investidores entraram dezembro animados e o rali foi mantido. Destaque ficou para o índice da bolsa de Frankfurt.
Índices: o Stoxx Europe 600 subiu 0,99% aos 466.20 pontos. O FTSE 100, bolsa de Londres, subiu 1,01% aos 7.529 pontos. O DAX-30, bolsa de Frankfurt, subiu 1,12% aos 16.397 pontos.
ESTADOS UNIDOS
Os índices de Wall Street mantiveram o rali na estreia de dezembro. O Dow Jones bateu recorde ao romper os 36 mil pontos. O pregão foi marcado pela fala do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, em evento na tarde desta sexta-feira.
Índices: o Dow Jones subiu 0,82% aos 36.245 pontos. O S&P ficou em alta de 0,59% aos 4.594 pontos. O Nasdaq subiu 0,55% aos 14.305 pontos.
BRASIL
A bolsa de valores de São Paulo fechou em alta. Depois de encerrar novembro com a maior valorização desde março de 2022, 12,53%, o benchmark disparou 2,18% na semana.
Índice: o Ibovespa fechou em alta de 0,67% aos 128.184 pontos.
O dólar fechou em queda de 0,70% aos R$4,881 para a venda.
Bom fim de semana!
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