Equatorial, CPFL e fundo avaliam privatização da CEEE-D, dizem fontes

As elétricas Equatorial Energia, CPFL Energia e um fundo norte-americano acessaram a sala virtual com informações sobre o processo de privatização da distribuidora de eletricidade estatal CEEE Distribuição, controlada pelo governo do Rio Grande do Sul.

De acordo com a Reuters, o leilão de desestatização da CEEE-D está agendado para 3 de fevereiro, em sessão pública, mas interessados na compra da empresa precisarão entregar propostas e garantias em 29 de janeiro.

CEEE-D: data-room

A sala de informações virtual (data-room) com dados sobre a empresa e o processo de venda ficará aberta até 26 de janeiro, segundo informações do edital da privatização, que tem sido conduzida pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

“É quase a mesma turma que participou do leilão da CEB-D, os mesmos interessados. Equatorial, CPFL”, disse uma das fontes, que falou sob a condição de anonimato, porque as informações são sigilosas.

Licitação

A fala faz referência à licitação para venda da unidade de distribuição da Companhia Energética de Brasília (CEB-D), controlada pelo governo do Distrito Federal, realizada em dezembro.

A empresa foi arrematada pela Neoenergia, por R$ 2,5 bilhões. Equatorial Energia e a CPFL, controlada pela chinesa State Grid, também fizeram propostas pela empresa.

A fonte acrescentou que um fundo de infraestrutura norte-americano também acessou o data-room, enquanto há alguma expectativa de que a Neoenergia possa também avaliar o negócio.

A Neoenergia, no entanto, ainda não acessou os dados sobre a privatização até o momento, disse a segunda fonte, que também confirmou o nome dos demais interessados.

“Eles ainda têm que ‘digerir’ a CEB”, comentou.

Empresas

A Equatorial e o BNDES afirmaram que não iriam comentar. A CPFL disse que “está constantemente olhando as oportunidades que surgem no setor elétrico e que estejam em linha com sua disciplina financeira”.

A CEEE-D, responsável pela distribuição de energia em parte do Rio Grande do Sul, será vendida por um preço mínimo praticamente simbólico de 50 mil reais, uma vez que a companhia acumulava patrimônio líquido negativo após dívidas bilionárias em pagamento de ICMS.

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