A pesquisa Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), feita pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), mostrou que a quantidade de famílias endividadas no Brasil bateu recorde em setembro.
Isso porque a porcentagem apontada revelou que 74% das famílias brasileiras estão com dívidas em aberto. Vale lembrar que tal número nunca foi registrado desde que a pesquisa começou, em 2010.
Pensando nisso, confira algumas dicas para fugir do endividamento desenfreado.
Como chegamos a um número tão alto de endividados?
De acordo com a educadora em finanças pessoais, Carol Stange, o resultado da pesquisa se dá porque milhões de famílias brasileiras possuírem um fluxo financeiro frágil, com praticamente todos os recursos destinados às despesas rotineiras.
“Qualquer descuido acaba resultando em dívidas que desestruturam a vida financeira familiar através da cobrança de juros que se acumulam, aumentam assustadoramente e criam o chamado “efeito bola de neve”, afirma Stange.
Portanto, a especialista deu algumas dicas para mudar essa realidade. Assim, traçando estratégias para sair das dívidas e não entrar nunca mais.
1 – Mapeie as dívidas
O primeiro passo é colocar em uma planilha todas as dívidas e motivos do endividamento. Nessa lista, devem estar incluídas todas as despesas, inclusive o que está com o pagamento em dia ou não.
Além disso, a relação deve conter informações como: nome da dívida, valor inicial, valor dos juros cobrados e o necessário para a quitação.
2 – Capacidade de pagamento
Dentro da realidade, qual parcelamento um orçamento saudável aguentaria? De acordo com especialistas, esta não deve ocupar mais do que 30% do rendimento mensal.
Após o mapeamento das dívidas, é necessário estipular um fluxo de caixa. Este, por sua vez, nada mais é do que um registro das entradas (receitas) e saídas (despesas). Afinal, não adianta estipular um plano para quitar as dívidas, sem antes conhecer os números que representam a vida diária.
3 – Negociar é a chave
O segredo é não esperar pelo atraso ou inadimplência de contratos de financiamentos para procurar negociações. Financiamentos de automóveis e de imóveis podem ser negociados dentro da própria instituição ou portados para outra que ofereça juros mais baixos e condições melhores.
Além disso, dívidas caras e arriscadas, ou cobranças de juros que possam colocar um patrimônio em risco, precisam ter prioridade. Em suma, uma boa sugestão para negociar as dívidas se dá nos feirões de renegociação, oferecidos por grandes instituições financeiras algumas vezes por ano.