Cielo (CIEL3)
A Cielo (CIEL3) teve outra forte queda do lucro trimestral, à medida que os efeitos econômicos da Covid-19 ampliaram a pressão sobre as margens da companhia, que já vinha enfrentando crescente concorrência no setor.
A maior empresa de meios de pagamentos do país anunciou nesta terça-feira que seu lucro do terceiro trimestre somou R$ 100,4 milhões, queda de 71,5% ante mesma etapa de 2019.
- CIEL3: Volume
O volume de pagamentos processados pela Cielo de julho a setembro, de R$ 165,6 bilhões, subiu 29,4% na medição sequencial, mostrando gradual recuperação em relação ao período mais crítico da pandemia, mas foi 3,6% menor no comparativo anual. A receita líquida somou R$ 2,88 bilhões, subindo 17,6% sobre o trimestre anterior, mas apenas 2,9% ano a ano.
A receita com antecipação de recebíveis, por outro lado, somou R$ 94,6 milhões, recuo sequencial de 31,3% e de 67,5% contra um ano antes.
- CIEL3: Gastos totais
Enquanto isso, os gastos totais somaram R$ 2,7 bilhões, aumento de 14,3% sobre mesma etapa de 2019.
Assim, o resultado operacional medido pelo Ebitda totalizou R$ 480 milhões, retração de 33,7% sobre um ano antes. A margem Ebitda despencou de 25,8% para 16,7%.
Veja CIEL3 na Bolsa:
Carrefour Brasil (CRFB3)
O Carrefour Brasil (CRFB3) informou nesta terça-feira (27) que teve alta de 29,9% nas vendas brutas, excluindo combustível, no terceiro trimestre ante mesmo período de 2019, para R$ 18,76 bilhões.
As vendas mesmas lojas da rede, que também controla a bandeira de atacarejo Atacadão, cresceram 26,6%, segundo prévia operacional do período.
Veja CRFB3 na Bolsa:
- Desempenho
O desempenho foi impulsionado justamente pela unidade Atacadão, cuja receita bruta alcançou R$ 13,5 bilhões no trimestre, aumento de 31,3% na comparação anual. As vendas mesmas lojas da bandeira subiram 25,8%.
A companhia afirmou ainda que suas operações de comércio eletrônico tiveram forte alta de 72,5% pela métrica GMV, impulsionadas pela expansão de 202% no segmento alimentar. O Carrefour afirmou que o Atacadão lançou operações de ecommerce inicialmente em 4 cidades, mas que o serviço já está disponível em 23 cidades de 11 Estados do país.
Telefônica Brasil (VIVT4)
Uma melhora do resultado financeiro, combinado com menores despesas com impostos, levaram a Telefônica Brasil (VIVT4) a aumento de lucro no terceiro trimestre, mesmo com leve queda na receita devido aos efeitos econômicos da pandemia da Covid-19.
A operadora de telecomunicações afirmou nesta terça-feira (27) que teve lucro líquido de R$ 1,2 bilhão entre julho e setembro, um aumento de 25,5%.
- Receita líquida
A receita líquida da companhia encolheu 2,3% no comparativo anual, para R$ 10,79 bilhões, pressionada pelo recuo de 6,6% no serviço de telefonia fixa, impactada pela queda das receitas de voz, TV por assinatura e dados corporativos. No segmento móvel, a receita ficou estável.
A dona da marca Vivo conseguiu compensar parcialmente os efeitos da queda nas receitas com maior disciplina nas despesas, com os custos operacionais diminuindo 0,6%, para R$ 6,47 bilhões.
- Resultado operacional
Ainda assim, o resultado operacional medido pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) do trimestre, de R$ 4,32 bilhões, foi 4,8% menor do que um ano antes, mesmo vindo praticamente em linha com a previsão de analistas da Refinitiv, de R$ 4,35 bilhões. A margem Ebitda do trimestre caiu 1,1 ponto percentual, para 40%.
Veja VIVT4 na Bolsa:
Localiza (RENT3)
A Localiza (RENT3) teve alta de quase 60% no lucro líquido do terceiro trimestre ante mesmo período de 2019, impulsionado por uma retomada de negócios nas divisões de aluguel de veículos e de venda de seminovos.
A Localiza teve lucro líquido de R$ 325,5 milhões de julho e setembro. Segundo dados da Refinitiv, a expectativa média de analistas era de lucro de r$ 130,5 milhões.
- Geração de caixa
A geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) subiu 18,9%, a R$ 648 milhões. A previsão média de analistas era de R$ 472,7 milhões. Não ficou claro de imediato se os dados são comparáveis.
“A diária média (de aluguel de carros), que havia sido bastante impactada no segundo trimestre, se recuperou gradualmente ao longo do terceiro trimestre, atingindo uma média de 66,8 reais, resultando em receita líquida praticamente estável em comparação ao terceiro trimestre do ano passado”, afirmou a Localiza no relatório.
- Volume
Segundo a empresa, em setembro o volume de carros alugados foi de 152 mil, próximo do nível do primeiro trimestre de 2020.
Em seminovos, a Localiza registrou retomada de volumes pré-pandemia, com 45,5 mil carros vendidos e “gradual aumento de preço ao longo do trimestre”. O volume vendido foi 23,7% maior do que no terceiro trimestre de 2019, segundo o balanço.
- Depreciação
A depreciação por carro da Localiza na divisão de aluguel de carros fechou o trimestre em R$ 1.271, queda de 51,8% na comparação com o segundo trimestre, apoiada no aumento do preço médio de venda e maior volume vendido. Já na área de gestão de frotas, a depreciação subiu de R$ 2.092 para R$ 2.312.
A Localiza, que em setembro anunciou acordo para comprar a rival Unidas, terminou setembro com relação dívida líquida sobre Ebitda de 2,7 vezes. A dívida líquida era de R$ 6,16 bilhões e o caixa estava em R$ 4,4 bilhões.
- Debêntures
A companhia também anunciou ampliação de programa de recompra de debêntures, de R$ 500 milhões para R$ 1,3 bilhão.
Veja RENT3 na Bolsa:
- AAcesse o Telegram do 1Bilhão.