As empresas captaram R$ 596 bilhões no mercado de capitais do Brasil em 2021, batendo um recorde histórico, de acordo com a Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais). Esse valor é um crescimento de 60% em relação aos níveis de 2020 – fortemente marcado pelo crash da pandemia -, e também uma alta de 38% na comparação com 2019.
Desse valor, apenas R$ 128,1 bilhões foram com a venda de ações, incluindo aí R$ 63,6 bilhões de IPOs (aberturas de capital, na sigla em inglês), o que também é um nível recorde. Se o mercado de ações foi só desse tamanho, de onde veio os outros R$ 468 bilhões? Via renda fixa e outros instrumentos, como fundos de recebíveis e certificados de recebíveis.
O destaque do ano ficou para as emissões de debêntures, que bateram em R$ 253,4 bilhões. Esse valor é mais que o dobro das emissões de 2020, que totalizaram R$ 121 bilhões e mostra o crescimento do mercado de dívida corporativa do Brasil.
Já as debêntures incentivadas, voltadas para projetos de infraestrutura, representaram uma captação recorde de R$ 47,3 bilhões, crescimento de 70% em relação ao ano anterior. O mercado de debênture também mostrou fôlego. Enquanto as ações pararam na segunda metade do ano, zerando os IPOs, as debêntures seguiram firmes até dezembro o fim do ano – e com prazos longos.
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