Embraer (EMBR3) vê lucro em R$167 mi

Prejuízo é referente ao terceiro trimestre de 2023

A Embraer (EMBR3) apresentou, nesta manhã (06/11), os dados financeiros para os trimestres fechados em 30 de setembro de 2023 e de setembro 2022 e 30 de junho de 2023.

No terceiro trimestre, o lucro (prejuízo) líquido atribuído aos acionistas e o lucro (prejuízo) por ADS no 3T23 foi de R$ 304,5 milhões e R$ 0,4145 por ação, respectivamente. Número comparado com R$ (160,4) milhões em prejuízo líquido atribuível à Embraer acionistas e R$ (0,2184) de prejuízo por ADS no 3T22. Excluindo os efeitos extraordinários, o lucro líquido ajustado foi de R$ 167,1 milhões, comparado a R$ 124,3 milhões no 3T22, representando um aumento de 34%.

A receita consolidada de R$ 6,296 bilhões no 3T23, alta de 29% comparado ao mesmo período de 2022, devido aos maiores volumes na Aviação Comercial que teve 57% de aumento.  A unidade de Defesa & Segurança cresceu 30%, enquanto a Aviação Executiva e Serviços & Suporte apresentaram expansões de 18% e 15%, respectivamente.

Comparado aos nove meses de 2022 com o mesmo período de 2023, a receita total aumentou 26%. A Aviação Comercial teve o aumento mais expressivo, com 48% de variação positiva, seguida pela Aviação Executiva com 24%, Serviços & Suporte, com 14%, e Defesa & Segurança, que cresceu 13%.

Excluindo os itens especiais acima, o EBIT ajustado do 3T23 foi de R$ 496,6 milhões e a margem EBIT ajustada foi de 7,9%. Em uma base anual, o EBIT Ajustado do 3T23 aumentou devido aos maiores volumes na Aviação Comercial e Executiva e ao melhor desempenho em Defesa & Segurança. O EBIT Ajustado tende a ter um forte desempenho no 4T23 devido ao maior nível de entregas.

Capex

As adições líquidas ao imobilizado total no 3T23 foram de R$ 269,1 milhões, contra R$ 174,8 milhões reportadas no 3T22. Do total de adições do imobilizado no 3T23, o Capex foi de R$ 147,4 milhões, e as adições de peças sobressalentes do programa pool representaram R$ 138,2 milhões, que foram parcialmente compensadas por R$ (16,5) milhões de receitas da venda de imobilizado.

Dívida

A Embraer encerrou o trimestre com uma posição de dívida líquida de R$ 6,797 bilhões (sem EVE), ante R$ 8,677 bilhões no comparativo anual e R$ 7,034 bilhões no trimestre anterior.

A companhia concluiu com sucesso sua gestão de dívidas, (que colocou a empresa numa posição sem qualquer dívida relevante até meados de 2027) e aumentando o prazo médio de vencimento dos empréstimos para 4,8 anos. O custo dos empréstimos denominados em dólares foi de 6,33% a.a., enquanto o custo dos empréstimos denominados em reais foi de 10,85% a.a. no 3T23.

Destaques

A Embraer entregou 43 jatos no terceiro trimestre, sendo 15 comerciais e 28 executivos (19 leves e 9 médios). O número total de entregas aumentou em 30% comparado ao 3T22. No acumulado de 2023, as entregas saltaram de 79 para 105 aeronaves, um aumento de 33%.

A carteira de pedidos firmes (backlog) encerrou o 3T23 em US$ 17,8 bilhões, o maior nível em um ano, impulsionado pelo aumento das vendas na Aviação Comercial. A carteira de pedidos da Aviação Comercial passou de US$ 8,0 bilhões para US$ 8,6 bilhões em relação ao 2T23, com 42 aeronaves vendidas em 2023.

O backlog de Serviços & Suporte atingiu US$ 2,8 bilhões no trimestre, o maior volume já registrado na unidade de negócios. Já na Aviação Executiva, o backlog de US$ 4,3 bilhões destaca que a demanda continua sustentada.

O fluxo de caixa livre ajustado sem EVE (FCF) foi de R$ 232,9 milhões no 3T23, apontando para uma forte geração de caixa no 4T23 devido ao maior volume de entregas.

O plano de gestão de dívidas foi concluído com sucesso, estendendo o prazo médio de vencimento dos empréstimos para 4,8 anos.

Não há alteração no guidance para 2023 tanto para entregas quanto para resultados financeiros.

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