Levantamento da consultoria Economática informa que o “efeito Bolsonaro” levou as estatais a perderem R$ 113,2 bilhões em dois dias.
De acordo com o Estadão, a intervenção do presidente Jair Bolsonaro na Petrobrás, com a exigência de troca no comando da petroleira e reclamações sobre a alta no preço dos combustíveis, provocou forte turbulência no mercado financeiro e acabou respingando nas companhias públicas.
Bolsonaro: intervencionismo
Conforme o jornal, o risco de um intervencionismo maior e adoção de medidas populistas fizeram as ações das três principais estatais do país (Petrobrás, Banco do Brasil e Eletrobrás) perderem R$ 113,2 bilhões em dois dias – o que equivale a quase o valor de um BTG Pactual, segundo dados da consultoria.
Só na Petrobrás (incluindo parcela da BR Distribuidora) a queda foi de R$ 99,6 bilhões. As ações da empresa, que já tinham caído quase 8% na sexta-feira, despencaram 20,48% (ON) ontem e podem manter o desempenho negativo nos próximos dias. Pelo menos seis casas rebaixaram a recomendação para as ações e reduziram o preço-alvo da companhia para os próximos 12 meses. No Banco do Brasil, o valor de mercado recuou R$ 12,6 bilhões em dois dias e, na Eletrobrás, quase R$ 900 milhões.
Cenário
Ainda segundo o periódico, nesse cenário com as principais ações do Ibovespa em queda, a B3 recuou 4,87% no pregão de ontem, a maior queda para um único dia desde 24 de abril do ano passado, quando o ex-ministro Sérgio Moro deixou o governo em meio a denúncias de tentativa de intervenção do presidente na Polícia Federal. A Bolsa paulista perdeu quase 6 mil pontos e fechou em 112.667 pontos – o menor patamar desde 3 de dezembro.
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