A EDP Energia (ENBR3) assinou com o consórcio formado pela I.G. Distribuição e Transmissão e ESS Energias Renováveis a compra da transmissora Mata Grande.
Segundo comunicado encaminhado ao mercado na quinta-feira (11), o consórcio arrematou o lote 18 do leilão realizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica, a Aneel, no dia 28 de junho de 2018, com 23,63% de deságio sobre a receita anual permitida máxima. O investimento previsto é de R$ 88,5 milhões.
EDP
A Mata Grande é composta por uma linha de transmissão de 230 kV com 113 km de extensão no estado do Maranhão, informa a companhia. O projeto já possui licença de instalação e deverá entrar em operação em setembro de 2022, antes do cronogrma da Aneel.
O documento informa ainda que a linha está próxima aos lotes 11 e 7, este em fase final de desenvolvimento, “o que permitirá sinergias de construção e operação’.
A aquisição
A empresa diz ainda que a aquisição faz parte da estratégia da companhia de reforçar o posicionamento no segmento de transmissão. Atualmente, a EDP Brasil tem investimentos de R$ 3,8 bilhões já contratado em 1.441 km de extensão e 6 subestações.
Ontem, os papéis da EDP foram negociados a R$ 19,02, com queda acumulada de 1,2% nos últimos 30 dias e de 8,73% nas últimas 52 semanas.
Credit Suisse
O banco Credit Suisse comentou as projeções da EDP Brasil e afirmou que o segmento de geração de energia deverá pressionar as margens nos próximos trimestres, dadas as vendas de energia menores e o alto déficit hídrico, isso apesar da recuperação dos volumes nas unidades de distribuição.
Segundo o banco, a EDP Brasil ainda pode compensar parte das perdas melhorando o desempenho dos custos e os ganhos de margem de construção no segmento de transmissão.
Ontem a companhia divulgou suas projeções operacionais para os volumes do quarto trimestre, mostrando uma queda de 4,6% nos volumes de 2020 ante 2019.
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