A EDP (ENBR3), empresa que atua em todos os segmentos do setor elétrico brasileiro, registrou lucro líquido de R$ 299,8 milhões no terceiro trimestre de 2020.
O EBITDA ajustado pelos efeitos não recorrentes e não caixa foi de R$ 590,1 milhões, um aumento de 19,4% frente ao terceiro trimestre do ano passado, e de R$ 1,7 bilhão no acumulado do ano, o que representa um crescimento consolidado de 3,7% sobre os nove primeiros meses de 2019.
O lucro, ajustado pelos efeitos do EBITDA, chegou a R$ 207,2 milhões no trimestre, uma elevação de 22,3% na comparação com o mesmo intervalo de do ano passado, e de R$ 639,3 milhões no acumulado do ano, o que corresponde a uma alta de 4,3%.
Mitigação do impacto
Os resultados consistentes demonstram a mitigação do impacto da pandemia no negócio pelo segundo trimestre consecutivo. Após uma etapa inicial de reação, a EDP adotou um Plano de Recuperação de Resultados composto por mais de 50 iniciativas destinadas à neutralização dos efeitos da crise do coronavírus em sua operação.
Um dos exemplos desta atuação é a rigorosa gestão de custos realizada pela companhia, que manteve o PMSO recorrente em R$ 245,7 milhões no trimestre e em R$ 761,4 milhões no acumulado do ano, uma redução de 7,3% e de 4%, respectivamente. Além disso, em agosto, a EDP antecipou em 12 meses o início da operação do segundo trecho do Lote 11 de linhas de Transmissão, localizado no estado do Maranhão. Com isso, a Receita Anual Permitida (RAP) do projeto passou a ser de R$ 32,8 milhões, resultando numa receita antecipada de cerca de R$ 42,7 milhões.
EDP Smart
Já a EDP Smart, divisão que reúne o portfólio de Soluções em energia da EDP, entregou à Johnson & Johnson, maior companhia de saúde do mundo, sua primeira usina solar na América do Sul. Localizada em uma área equivalente a um campo de futebol na cidade de São José dos Campos, na maior planta fabril em área da companhia, o sistema vai gerar 2 milhões de kWh/ano, com impacto positivo no sistema elétrico e no meio ambiente.
A usina produz energia 100% renovável para compensar o consumo do Centro de Distribuição da empresa em Guarulhos, evitando a emissão de 215 toneladas de CO₂ na atmosfera, volume que demandaria o plantio de 600 novas árvores por ano para ser neutralizado.
“No terceiro trimestre do ano prosseguimos com nossa estratégia de reação-recuperação-reformulação para fazer frente à pandemia da COVID 19, sempre com os objetivos de proteger vidas, assegurar a continuidade de negócio e apoiar a sociedade. Os resultados que registramos no terceiro trimestre demonstram que a estratégia seguida foi acertada”, afirma Miguel Setas, presidente da EDP no Brasil.
Retomada do consumo
Os sinais graduais da recuperação da economia já começam a ser percebidos na Distribuição. No trimestre, o volume de energia distribuída apresentou redução de 3,5% em consequência das medidas de prevenção e de distanciamento social adotadas no país, que resultaram na diminuição da contração da produção industrial e redução da atividade comercial.
Ainda assim, em comparação com trimestres anteriores, é possível identificar uma tendência na retomada do consumo, com ações decorrentes da reabertura progressiva do comércio e da indústria.
Pensando nisso, a EDP seguiu reforçando seus investimentos para a melhoria do serviço, com substituição de equipamentos, e obras de expansão de subestações e da rede para a ligação de novos clientes. No trimestre, os aportes totalizaram R$ 163,1 milhões, um aumento de 8%. No acumulado de 2020, os investimentos chegam a R$ 506,5 milhões, uma elevação de 14,5%.
Nos segmentos de Comercialização e Geração, o trimestre foi impactado positivamente pela liquidação de energia descontratada no mercado de curto prazo. Além disso, a repactuação das usinas, também resultou em efeito positivo, devido ao cenário do GSF mais baixo.
Referência em inovação
Com o avanço da fase de recuperação, a EDP colocou em marcha medidas de reformulação e expansão, com vistas a encontrar novas oportunidades de negócios no novo cenário. Para isso, foram definidas quatro frentes de atuação: “Green Recovery & Growth”, “Capital Allocation”, “Digital & Client”, e “Diversity & Inclusion and Workplace Redesign”.
Alguns resultados desses movimentos já podem ser percebidos. Em outubro, a EDP anunciou uma parceria inédita com a Unidas, líder no mercado de terceirização de frotas, para oferecer ao mercado a possibilidade de aluguel de frotas 100% elétricas.
Neste novo modelo de negócio, a Unidas oferecerá a locação de automóveis elétricos para os segmentos corporativo e pessoa física (Rent a Car), e a EDP atuará como fornecedora de um conjunto de soluções para o cliente, que vão desde a instalação e a manutenção de carregadores elétricos; plataforma de gestão de carregamentos; além da oferta de fornecimento de energia, que, dentre outras possibilidades, poderá ser feita por meio de contrato de venda e instalação de painéis de geração solar.
Também neste mês, a EDP Smart anunciou um importante marco para a mobilidade elétrica brasileira. Em parceria com as fabricantes Audi, Porsche e Volkswagen, a Companhia inaugurou o primeiro carregador ultrarrápido público de veículos elétricos do Brasil, na cidade de Caraguatatuba (SP). O eletroposto faz parte do Plug&Go, nome escolhido para a maior rede de recarga ultrarrápida de automóveis da América do Sul, iniciativa que envolve a instalação de 30 pontos de carregamento do tipo cobrindo todo o estado de São Paulo. O cronograma prevê o início da implantação de mais 10 novos postos ultrarrápidos ainda em 2020. O projeto, que tem investimento de R﹩ 32,9 milhões, foi aprovado na Chamada Pública da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para o tema Mobilidade Elétrica Eficiente em conjunto com o Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel). As empresas Electric Mobility Brasil, ABB e Siemens são as fornecedoras das soluções de carregamento.
Não por acaso, a EDP recebeu no terceiro trimestre dois dos mais importantes prêmios de inovação do País. A Companhia foi considerada a mais inovadora do setor elétrico na pesquisa Valor Inovação Brasil, do jornal Valor Econômico em parceria com a consultoria Strategy&, e apontada como a empresa mais engajada e comprometida com o ecossistema de inovação aberta do setor no Brasil no ranking Ranking 100 Open Corps.
Agenda ESG
Ciente do seu papel na transformação da matriz energética do país, a EDP liderou, em uma iniciativa inédita da Rede Brasil do Pacto Global com outras empresas, o lançamento de um estudo que propõe indicadores e metas para integrar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) à estratégia do setor elétrico.
Além disso, a Companhia aderiu ao Compromisso Empresarial Brasileiro para a Biodiversidade, iniciativa do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) que endossa o comprometimento da EDP com a prevenção, mitigação e compensação de impactos sobre a diversidade, além da geração de compartilhamento de informações sobre o tema.
A empresa
Com mais de 20 anos de atuação, a EDP é uma das maiores empresas privadas do setor elétrico a operar em toda a cadeia de valor.
A companhia, que tem mais de 10 mil colaboradores diretos e terceirizados, possui seis unidades de geração hidrelétrica e uma termelétrica, além de atuar em Transmissão, Comercialização e Serviços de Energia.
Em Distribuição, atende cerca de 3,5 milhões de clientes em São Paulo e no Espírito Santo, além de ser a principal acionista da Celesc, em Santa Catarina.
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