O déficit primário do Setor Público, que representam as receitas e gastos, desconsiderando o pagamento de juros da dívida pública, consolidado para o mês de julho foi de R$35,8 bilhões. O resultado vem depois do superávit de R$20,4 bilhões em julho do ano passado. Os dados são das Estatísticas Fiscais do Banco Central do Brasil e foram apresentados hoje.
Houve déficits de R$32,5 bilhões no Governo Central e de R$4,2 bilhões nos governos regionais, e superávit de R$904 milhões nas empresas estatais.
Em 12 meses encerrados em julho, o setor público consolidado registrou déficit de R$80,5 bilhões, equivalente a 0,78% do PIB (0,54 p.p. superior ao déficit acumulado até junho).
Os juros nominais do setor público consolidado ficou em R$46,1 bilhões em julho de 2023, acima do mesmo período do ano passado em R$42,9 bilhões. Se comparado com 12 meses, o acumulado dos juros nominais chegaram a R$641,3 bilhões (6,18% do PIB) em julho de 2023. Se comparado com 12 meses até julho foi de R$586,4 bilhões (6,21% do PIB).
O resultado nominal do setor público consolidado, que inclui o resultado primário e os juros nominais apropriados, foi deficitário em R$81,9 bilhões em julho. No acumulado em 12 meses, o déficit nominal alcançou R$721,8 bilhões (6,96% do PIB), 0,54 p.p. do PIB superior ao déficit acumulado até junho.
Dívida Líquida do Setor Público – DLSP
A dívida líquida – DLSP chegou a 59,6% do PIB, ou R$ 6,2 trilhões, em julho, alta de 0,6 p.p. do PIB no mês. Essa alta refletiu sobretudo os impactos do déficit primário (alta de 0,3 p.p.), dos juros nominais apropriados (alt de 0,4 p.p.), valorização cambial de 1,6% no mês (alta de 0,2 p.p.) e do efeito da variação do PIB nominal (redução de 0,3 p.p.).
No ano, o aumento de 2,6 p.p. na relação DLSP/PIB resultou das contribuições dos juros nominais apropriados (+e 3,7 p.p.), do efeito da valorização cambial acumulada de 9,1% (+ 1,1 p.p.), do déficit primário (+e 0,5 p.p.), do crescimento do PIB nominal (-2,5 p.p.) e do ajuste de paridade da cesta de moedas que integram a dívida externa líquida (redução de 0,2 p.p.).
Dívida Bruta do Governo Geral – DBGG
A dívida bruta – DBGG – que compreende Governo Federal, INSS e governos estaduais e municipais – atingiu 74,1% do PIB, ou R$7,7 trilhões, elevando-se 0,5 p.p. do PIB em relação ao mês anterior.
Contribuíram para essa elevação os juros nominais apropriados (+ 0,5 p.p.), as emissões líquidas de dívida (+ 0,3 p.p.), o efeito da valorização cambial no mês (-0,1 p.p.) e o efeito da variação do PIB nominal (-0,4 p.p.).
No ano, o crescimento de 1,2 p.p. na relação DBGG/PIB resultou, em especial, dos juros nominais apropriados (+ 4,6 p.p.), das emissões líquidas de dívida (+ 0,3 p.p.), do efeito da valorização cambial acumulada (-0,4 p.p.) e do efeito da variação do PIB nominal (-3,2 p.p.).
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