A inovação e transformação trazida pela tecnologia e suas inovações causaram uma influência significativa em todos os setores da vida humana nos últimos anos.
Depois da revolução industrial 4.0 e da internet móvel, mudamos a forma como nos relacionamos, transformamos a maneira que produzimos e trabalhamos.
Uma pesquisa realizada pela Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN), em 2020, mostrou que os bancos aumentaram em 48% os investimentos em tecnologia. Na pandemia, por exemplo, as transações de “Pessoa Física” nos canais digitais chegaram a representar 74%.
Portanto, conheça 5 tendências tecnológicas que podem revolucionar o mercado financeiro.
1 – Fintech
O dia em que os grandes bancos de investimentos governavam o setor de serviços financeiros pode está chegando ao fim. Isso porque as fintech estão revolucionando o funcionamento da área.
De acordo com a pesquisa “Fintech global”, conduzida pela PwC, 28% dos lucros estão em risco no setor bancário e de pagamentos devido à interrupção de empresas de fintech. Além disso, 81% dos executivos-chefes de bancos de investimento se preocupam com o aumento de interrupções no futuro.
“Nos últimos anos, diversas startups do mercado financeiro surgiram oferecendo aos clientes novas maneiras de gerenciar suas finanças e fazer pagamentos. Ao mesmo tempo, oferecem às empresas a capacidade de agilizar operações financeiras e eliminar fornecedores financeiros desnecessários”, Bruno Patrus, cofundador da INCO Investimentos, plataforma de investimentos coletivos.
2 – Blockchain
Desde o surgimento do Bitcoin (BTC) como uma moeda viável, para muitos investidores, a tecnologia blockchain tem se tornado cada vez mais popular.
Afinal, o setor de serviços financeiros está experimentando uma taxa maior de adoção da tecnologia blockchain. Essa questão tem potencializado o estimulo à redução de custos e aumentar a segurança.
“Bancos e outras empresas adotaram formas de blockchain para substituir intermediários entre as transferências de fundos e, assim, reduzir custos. Desta forma, conseguem aumentar a segurança das transações e, ainda, explorar o núcleo da tecnologia blockchain. O benefício desta segurança é justamente a redução do risco, eliminação de fraude e transparência de uma forma escalonável para uma infinidade de usos”, comenta Patrus.
3 – Inteligência Artificial
Embora os serviços bancários e financeiros tendem a ser mais lentos para adotar novas tecnologias, um estudo da PricewaterhouseCooper, network de firmas independentes, confirma que a maioria dos tomadores de decisão de serviços financeiros está investindo em Inteligência artificial (IA).
Ainda segundo a pesquisa, 52% dos executivos confirmaram que estão fazendo investimentos “significativos” em IA, enquanto 72% acreditam que será uma vantagem comercial.
“A maneira mais visível de o setor bancário usar a inteligência artificial é por meio do atendimento ao cliente com uso de chatbots e robôs. De modo geral, muitas das maiores instituições financeiras usam IA para agilizar o atendimento ao cliente”, diz Patrus.
4 – Big Data
Uma das maneiras de determinar a influência de uma tecnologia em um setor é observar como o mesmo está investindo nele. A área bancária é, atualmente, um dos principais investidores em soluções de Big data e Business Analytics, de acordo com o Guia Semestral de Big Data e Analytics Spending da IDC.
A quantidade de dados gerados pelo setor financeiro, como transações de cartão de crédito e saques em caixas eletrônicos, é alta. E ser capaz de colocar esses dados em uso para tomar decisões de negócios e processá-los de forma eficaz para obter insights acionáveis será fundamental para se manter competitivo no futuro.
5 – LGPD
A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) do Brasil traz um esclarecimento extremamente necessário ao arcabouço jurídico brasileiro. O LGPD tenta unificar os mais de 40 estatutos diferentes que, atualmente, regem os dados pessoais, tanto online quanto offline, substituindo certos regulamentos e complementando outros.
“A LGPD se aplica a qualquer empresa ou organização que processe dados pessoais de pessoas no Brasil, independentemente de onde essa empresa ou organização esteja localizada”, finaliza Patrus.