O Índice de Confiança Empresarial (ICE) do FGV IBRE caiu 0,8 ponto em dezembro, para 90,7 pontos, o menor nível desde abril de 2021 (89,6 pts.). Em médias móveis trimestrais, o indicador recuou 3,6 pontos. Com o resultado, o indicador registra uma queda acumulada de 10,8 pontos no quarto trimestre de 2022, após acumular 7,4 pontos nos três trimestres anteriores. Os dados foram apresentados nesta segunda-feira (02/01) no Rio de Janeiro.
“A confiança empresarial se manteve em queda pelo terceiro mês consecutivo embora em menor intensidade que nos meses anteriores. A percepção sobre situação atual e perspectivas futuras se mantem em compasso de espera frente as decisões sobre a condução da política econômica do novo Governo”, avalia Viviane Seda Bittencourt, Economista do FGV IBRE.
Apesar de uma percepção de melhora no setor industrial relacionada a uma ligeira recuperação de demanda e redução de estoques, a piora do setor de serviços foi o responsável por jogar a confiança para baixo em dezembro. “A confiança das empresas melhora para mais de 50% dos segmentos pesquisados, mas isso não é suficiente para garantir sua sustentação nos próximos meses. O cenário de incerteza contribui para essa paralização no momento”, conclui.
O Índice de Situação Atual Empresarial (ISA-E) e o Índice de Expectativas (IE-E) ficaram constantes no mês, em 95,2 e 87,9 pontos, respectivamente. Com o resultado, o ISA-E termina o ano 4,8 pontos abaixo do nível neutro de confiança de 100 pontos, enquanto o IE-E está 12,1 pontos inferior, se mantendo na faixa pessimista do indicador.
O Índice de Confiança Empresarial (ICE) consolida os índices de confiança dos quatro setores cobertos pelas Sondagens Empresariais produzidas pela FGV IBRE: Indústria, Serviços, Comércio e Construção.
Em dezembro, a confiança dos setores que integram o ICE caminhou para ambas as direções, com Serviços e Construção recuando, Indústria subindo e Comércio se mantendo constante. Todos os setores, exceto Indústria, apresentaram piora das avaliações correntes, enquanto as expectativas para os próximos meses variaram em direções distintas, mas em menor ritmo.
Em dezembro, a confiança empresarial subiu em 53% dos 49 segmentos integrantes do ICE, uma disseminação superior à observada no mês anterior.
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