Comércio eletrônico vende 15,5% mais no Natal, mas não impede queda do varejo, diz Cielo

As vendas no comércio eletrônico no Brasil cresceram 15,5% no Natal ante mesmo período de 2019, segundo índice do setor medido pela Cielo.

Porém, considerados os resultados conjuntos das vendas digitais e das lojas físicas, o varejo teve queda de 1,8% ano a ano, considerando o período de 19 a 25 de dezembro.

Os setores com maior expansão das vendas foram os de supermercados (+18,8%); móveis, eletrodomésticos e lojas de departamento (+18,5%); materiais para construção (+18,4%).

Na outra ponta, as maiores quedas ocorreram nos segmentos de turismo e transporte (-43,7%); bares e restaurantes (-30,5%) e Vestuário (-14,6%).

Comércio: varejo online

As vendas online do varejo brasileiro cresceram 44,6% no Natal de 2020 em relação à mesma data de 2019, de acordo com levantamento realizado pela EbitNielsen.

Ao todo, as vendas entre os dias 10 e 24 de dezembro somaram R$ 3,76 bilhões. No mesmo intervalo do ano passado, o volume de vendas através dos canais online havia sido de R$ 2,6 bilhões.

De acordo com o levantamento, os brasileiros fizeram 8,1 milhões de pedidos pela internet nos 14 dias anteriores ao Natal, alta de 27,5% em um ano. O tíquete médio das compras realizadas online aumentou 13,4%, para R$ 462, o que ajudou a impulsionar o valor vendido.

Comparação

Na comparação com os últimos cinco anos, 2020 teve o maior crescimento no faturamento da data para o e-commerce brasileiro. Entre 2016 e 2017, a alta foi de 14%, enquanto que no ano seguinte, o crescimento foi de 19%. Em 2019, o faturamento teve crescimento menor, de 2% em relação a 2018, quando as vendas foram de R$ 2,54 bilhões, segundo a pesquisa.

Por outro lado, neste ano, a fatia das compras no período realizadas por clientes que nunca haviam comprado online foi a menor do intervalo. Segundo a EbitNielsen, 14% dos consumidores fizeram sua primeira compra online neste Natal.

No ano passado, 16,4% dos compradores estavam recorrendo ao e-commerce pela primeira vez. Em 2018, o porcentual era de 17,3%. Em 2017 foi de 14,8%, e em 2016, de 15,9%.