Cielo (CIEL3) reporta queda de 68,3% no lucro líquido de 2020

A Cielo (CIEL3) divulgou seus números referentes ao ano de 2020 ante 2019 e reportou lucro líquido de R$ 490,2 milhões, redução de 68,3% em relação ao ano anterior, ou R$ 1.057,1 milhões, conforme documento encaminhado ao mercado na quarta-feira (3).

De acordo com a empresa, o EBITDA consolidado (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 2.058,0 milhões, representa uma redução de 31,2% em relação à 2019, ou R$ 934,1 milhões.

Já o volume financeiro de transações totalizou R$ 644,0 bilhões, redução de 5,7% em relação à 2019, ou R$ 39,2 bilhões.

A receita líquida consolidada, por sua vez, totalizou R$ 11.186,0 milhões, redução de 1,5% em relação à 2019, ou R$ 167,8 milhões.

Números

Ainda de acordo com o documento, a aquisição de recebíveis (ARV), líquida dos tributos, totalizou R$ 502,7 milhões, representando uma redução de 55,2% em relação à 2019.

O produto ARV atingiu 9,2% sobre o volume financeiro de crédito capturado pela Cielo no ano, redução de 7,1 ponto percentual em relação a 2019.

Os gastos totais consolidados (custos e despesas), desconsiderando os efeitos de equivalência patrimonial, totalizaram R$ 10.354,6 milhões, aumento de 9,5% em relação à 2019, ou R$ 898,2 milhões.

Diretoria

A diretoria da companhia informou, no documento, que o ano de 2020 trouxe grandes desafios para a economia e toda a sociedade brasileira. A economia sentiu os impactos das medidas tomadas para enfrentamento à pandemia trazida pela COVID-19. As medidas de isolamento e distanciamento social afetaram de forma particularmente intensa o varejo, com reflexos importantes na indústria de meios de pagamentos, devido à sua dependência em relação ao nível de consumo das famílias.

Todo este contexto operacional trouxe impactos relevantes à Cielo. A Companhia iniciou o exercício de 2020 com boas perspectivas: havia revertido no ano anterior a tendência de queda de sua base ativa de clientes e também havia registrado crescimento em volume capturado. No entanto, os impactos da pandemia se mostraram intensos, especialmente em março e ao longo do segundo trimestre. O ICVA – “Índice Cielo do Varejo Ampliado”, indicador que acompanha o desempenho de todo o varejo brasileiro, e não apenas das transações capturadas pela Cielo – mostrou queda no consumo, que chegou a 52% na 4ª semana de março, e fechamento de até 50% dos estabelecimentos comerciais.

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