As carteiras de títulos públicos indexados ao IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que mede a inflação, tiveram os maiores retornos de novembro. O IMA-B5+, índice da ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) que reflete as NTN-Bs acima de cinco anos, apresentou a rentabilidade mais alta do mês, de 2,59%, reduzindo a perda acumulada no ano para -1,87%. O IMA-B5, que acompanha as NTN-Bs até cinco anos, veio em seguida com valorização de 1,32% em novembro e de 6,10% no acumulado do ano.
“A performance positiva pode ser entendida como um reflexo do aumento do risco inflacionário. Isso provavelmente contribuiu para a maior procura por títulos que protejam contra a inflação”, avalia Hilton Notini, gerente de Preços e Índices da ANBIMA. Ele lembra que, por outro lado, foi ofertado em novembro o maior lote de NTN-Bs curtas (com vencimento em maio de 2023), em um total de cinco milhões de títulos, o que pode diminuir pressões sobre os preços dos títulos mais longos.
Inflação: a carteira
A carteira do IRF-M1+, que acompanha os títulos públicos prefixados acima de um ano em mercado, iniciou o mês acumulando perda de -0,16% (até 24/11), mas a recuperação dos últimos dias resultou em alta de 0,46% no período. No ano, o retorno acumulado é de 5,24%.
No mercado de títulos corporativos, representados pelo IDA (Índice de Debêntures ANBIMA), as carteiras vinculadas à inflação também retrataram rentabilidade positiva. O melhor desempenho ficou com o IDA-IPCA Infraestrutura (formado por debêntures incentivadas) que, em alguma medida, acompanha o movimento das NTN-Bs, exibindo variação de 1,90% em novembro e de 6,97% no ano. Por sua vez, o IDA-IPCA ex-Infraestrutura (índice que desconsidera as debêntures incentivadas) também mostrou entrega positiva: 1,20% no mês e 5,12% no ano.
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