Todo mundo tem alguém na família que já se endividou com o cartão de crédito. Considerado um erro comum, a pessoa acaba gastando mais do que ganha. Além disso, devido a juros e multa, esse tipo de dívida costuma virar uma bola de neve pronta para esmagar suas finanças pessoais.
Para fugir do descontrole, muitas pessoas optam por nem sequer ter um cartão de crédito por perto. Ou seja, ao invés de aprender a se controlar, ou buscar a melhor forma de utilizar essa ferramenta, alguns simplesmente deletam a opção de suas vidas.
Mas, e se houver uma possibilidade do cartão de crédito ser extremamente útil para facilitar a vida financeira e ajudar a controlar o bolso?
Veja de uma vez por todas se o cartão de crédito é aliado ou inimigo das suas finanças pessoais:
Vantagens do crédito
O cartão de crédito, na prática, é um benefício que o banco, ou determinada instituição, oferece para que o cliente compre e pague depois. Isso por si só pode ser um benefício em momentos que não tem como pagar, mas sabe que terá o dinheiro depois. Normalmente, essa costuma ser uma carta na manga para emergências.
Além disso, o uso do crédito pode ajudar a organizar a entrada e saída de dinheiro da conta, e ainda fornecer benefícios, como descontos e milhas. Vale lembrar que a maioria dos cartões de crédito deixaram de cobrar taxas de anuidade, assim como agora oferecem cashback.
Perigo mora ao lado
De acordo com Luciana Ikedo, assessora de investimentos, CEO e fundadora do escritório Ikedo Investimentos, o verdadeiro perigo do cartão de crédito é achar que os benefícios oferecidos por ele são uma extensão de sua renda mensal.
Além disso, é importante ressaltar que o cartão de crédito possui uma taxa de juros rotativo, que subiu de 293,3% ao ano em novembro, para 301,9% em dezembro do ano passado, de acordo com o Banco Central.
“Seguir no automático e fazer pequenas compras com frequência, por exemplo, pode acabar se tornando uma grande e cara armadilha para o bolso, devido justamente aos juros”, afirmou Ikedo.
Quanto menor os valores, maior a atenção
Outro cuidado é com os gastos de valores pequenos, pois a soma deles pode apresentar valores salgados e inesperados no final do mês. Além disso, outra questão é evitar o valor mínimo da fatura. Afinal, há grandes possibilidades desse ato fazer a pessoa perder o controle da dívida e transformar toda a situação em um grande transtorno.
Em suma, a palavra de ordem é controle. “Controlar os gastos, não só anotando todos eles, mas também planejando com antecedência tudo que vai gastar, é uma boa estratégia. Saber quanto do orçamento mensal já está comprometido com compras parceladas deve ser uma rotina”, aconselha Ikedo.