O BTG Pactual (BPAC11) estaria vendendo o Grupo Globo para a J&S da família Batista, segundo o colunista carioca Claudio Magnavita do Correio da Manhã.
De acordo com o jornalista, um empresário mexicano pode entrar de sócio da família Batista, visto que a legislação brasileira não permite que um estrangeiro detenha concessão de mídia no país.
Em sua coluna, Magnavita destaca que o Pactual, depois ter se debruçado sobre a venda da Editora Abril, a maior empresa de comunicação especializada em revistas, está, agora, através de André Esteves, coordenando um negócio muito maior: a venda das Organizações Globo.
Com isso, o Pactual tem o agreement para acessar todos os números da empresa e as negociações andam a passos largos.
Nota do Grupo Globo:
São absolutamente falsas as ilações publicadas hoje pelo jornal Correio da Manhã. Não há nem nunca houve qualquer intenção de venda do Grupo Globo por parte de seus acionistas.
BTG
Como comprador surge o grupo J&F, com o próprio patriarca, José Batista Sobrinho, cuidando pessoalmente do negócio. Na mesa, o valor é de R$ 25 bilhões.
O negócio envolve todo o grupo, incluindo televisão, impressos e plataforma de streaming.
Um dos entraves que pode atrasar o negócio, disse, é o desejo de preservar a soberania jornalística até o processo eleitoral de 2022.
O empresário mexicano Carlos Slim também se mantém interessado na compra da Globo. No governo de Michel Temer o assunto esteve bastante adiantado. Os entraves legais que não permitem a um estrangeiro ter o controle de rádio e televisões no Brasil não foram resolvidos.
Concessões
As concessões da Globo envolvem as emissoras geradoras do Rio, São Paulo, Belo Horizonte, Brasília e Recife, que só podem ser transferidas para brasileiros.
Slim, que já possui a Embratel, Net e Claro celular no Brasil, pode se associar em alguns segmentos do negócio com a própria J&F. Já há estudos nesse sentido, especialmente na Globoplay.
Com um faturamento anual de R$ 200 bilhões (o negócio da Globo envolve apenas 10% do valor), a J&F passou a ser dirigida pelo próprio patriarca depois dos escândalos que envolveram os seus dois filhos.
Ser dono da maior empresa de comunicação do país é um desdobramento natural para a reconstrução da imagem. O grupo hoje tem 80% do seu faturamento em negócios no exterior.
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