O BTG Pactual (BPAC11) pretende realizar uma oferta pública primária de certificados de depósitos de ações, conforme fato relevante encaminhado ao mercado nesta quarta-feira (13).
De acordo com o documento, trata-se de “esforços restritos de distribuição, representativos cada um de uma ação ordinária e duas ações preferenciais classe A, todas nominativas, escriturais, sem valor nominal, livres e desembaraçadas de quaisquer ônus ou gravames, de emissão do Banco (“Units” e “Oferta Institucional”, respectivamente)”.
Units, ONs ou PNs
Também acrescentou que aos acionistas que detiverem, conforme aplicável, na primeira data de corte, units, ações ordinárias ou ações preferenciais classe A de emissão do Banco, terão direito assegurado de de prioridade, em conjunto com as ações ordinárias, sendo todas as ações nominativas, escriturais e sem valor nominal, livres e desembaraçadas de quaisquer ônus ou gravames em conjunto com a oferta Institucional.
“Inicialmente, até a homologação, as Units serão formadas por um recibo de subscrição de ação ordinária e por dois recibos de subscrição de ações preferenciais de emissão do Banco. Assim, os acionistas que exercerem o direito de prioridade receberão recibos de subscrição representativos cada um de uma ação ordinária ou uma ação preferencial, conforme o caso.”
Oferta pública restrita
De acordo com o documento, a oferta será composta, inicialmente, por 22.222.222 Units, compreendendo 22.222.222 ações ordinárias e 44.444.444 ações preferenciais, observado o procedimento da oferta prioritária e respeitado o limite de subscrição proporcional.
Setor bancário
Apesar de o setor bancário ser um dos mais sólidos e resilientes do mercado financeiro, as instituições não fizeram jus a sua fama em 2020 e encerraram o ano no campo negativo. Com exceção do BTG Pactual (BPAC11), os demais não acompanharam nem mesmo a alta do Ibovespa, de 2,92% no acumulado em 12 meses.
De acordo com o e-Investidor, o desempenho das ações do segmento foram: Itaú (ITUB4), -15,20%, a R$ 31,63; Bradesco (BBDC4 e BBDC3), -17,58, a R$ 27,14, e -22,01%, a R$ 24,20; Banco do Brasil (BBAS3), -26,75%, a R$ 38,80; Santander (SANB11), -7,57%, a R$ 44,83; e BTG Pactual (BPAC11), 24,01%, a R$ 94.
Após o ano de crise, no entanto, o cenário para o setor de bancos em 2021 é positivo para a Eleven Financial. De acordo com a casa de análises financeiras, há três fatores que sustentam essa visão.
O primeiro é que os bancos estão bem provisionados, com índice de cobertura médio de 326%, ante 195% no início da crise anterior, em 2015 e 2016. O segundo ponto é que o ciclo de crédito ainda não se beneficiou plenamente do atual ambiente de baixas taxas de juros, com menor presença do financiamento público. E o terceiro motivo é que a transformação digital potencializada pela pandemia tem permitido aos bancos cortes de custos em patamares elevados.
“Prevemos um crescimento de lucros médio para os grandes bancos de 25% ao ano e ROE de 17%, consideravelmente acima do custo de capital”, afirmam Carlos Daltozo e Renata Cabral, head de renda variável e analista da Eleven.
Neste cenário, a casa de análises aponta que os papéis de Bradesco (BBDC4-1,51% e BBDC3) e BTG Pactual (BPAC11) devem ter as melhores performances do setor. “Nossa análise de custo de crédito indica que um desastre para a qualidade dos ativos é improvável, mesmo em um cenário de uma taxa de desemprego maior”, dizem os especialistas.
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