BRF (BRFS3) recebe aprovação da China para retomar embarque de frango

A BRF (BRFS3) recebeu a aprovação da China para retomar as exportações de carne de frango da unidade de Dourados (MS), que estavam suspensas desde julho em meio a preocupações sobre a pandemia da Covid-19, disse a empresa nesta sexta-feira (23).

A autorização, que se deu após inspeções realizadas pelas autoridades chinesas, foi publicada no site da Administração Geral das Alfândegas da China (GACC, na sigla em inglês), segundo a companhia.

“A liberação para a retomada de exportações para o país asiático, mercado estratégico para a BRF, reforça o compromisso da companhia com a qualidade de seus produtos e com a saúde segurança dos seus colaboradores”, afirmou em nota o CEO da empresa, Lorival Luz.

O retorno

O retorno dos embarques da unidade da companhia, a maior exportadora de frango no mundo, está previsto para acontecer nos próximos dias, segundo a empresa.

Algumas unidades de companhias do setor foram suspensas pelos chineses após surtos de coronavírus entre funcionários. No entanto, não há nenhuma confirmação científica de que a doença possa ser transmitida por alimentos.

Assim que a proibição foi anunciada, em julho, a BRF afirmou que atuaria junto às autoridades brasileiras e chinesas para reversão da suspensão no menor prazo possível.

BRFS3: títulos de dívida

A BRF informou dia 21 que realizou emissão complementar de US$ 300 milhões em senior notes no mercado externo.

Tal como a emissão realizada em setembro, as notes recém-emitidas vencerão em 21 de setembro de 2050, remuneradas a uma taxa de 5,75% ao ano com juros pagos semestralmente, a partir de 21 de março de 2021.

A dona das marcas Sadia e Perdigão revelou que pretende utilizar os recursos líquidos obtidos com a oferta em propósitos corporativos gerais, o que pode incluir o pagamento de dívidas específicas.

 “Avançamos na gestão da estrutura de capital de nossa companhia. Esse passo representa mais uma demonstração de confiança do mercado na solidez da BRF e na nossa capacidade de execução”, ressaltou Carlos Moura, vice-presidente financeiro e de relações com investidores da BRF.

As notes foram oferecidas apenas a investidores institucionais qualificados, conforme definidos na Rule 144A do Securities Act e a pessoas não americanas, de acordo com a Regulation S do Securities Act.

Elas não foram e nem serão registradas perante a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), e não podem ser ofertadas e vendidas no Brasil.

Por essa razão, os títulos da dívida serão levadas a registro pela BRF na Bolsa de Luxemburgo, para comercialização no Euro MTF Market.

Veja BRFS3 na Bolsa: